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Embrapa investe R$ 15 mi em cultivares de forrageira

Embrapa investe R$ 15 mi em cultivares de forrageira Maior adaptação de solo e resistência as pragas são diferenciais
Por feedfood
feedfood@feedfood.com.br
Maior adaptação de solo e resistência as pragas são diferenciais

A Embrapa Gado de Corte investiu R$ 15.873.880 para o desenvolvimento do capim BRS Quênia. A criação de novas cultivares de forrageiras vem sendo um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento da própria pecuária de corte no Brasil.

O cálculo do investido foi feito por meio de um método desenvolvido por um grupo de profissionais da Embrapa Gado de Corte. O trabalho teve início ainda em 2014 e foi coordenado pelo analista Edson Espíndola Cardoso e os pesquisadores da área de economia rural: Fernando Paim Costya e Mariana de Aragão Pereira.

Das cultivares de brachiaria, a Ipyporã, lançada em 2017, demandou o maior investimento, R$ 11.016.170. Depois aparecem a Paiaguás (apresentada em 2013), com R$ 7.868.468; B-4 (que teve estudos concluídos em 2018 e ainda não tem previsão de lançamento), com R$ 7.861.956; Tupi (2012) , com R$ 7.054.959; Piatã (2007), com R$ 6.601.233 e Xaraés (2003), com R$ 5.592.927. Já o maior custo do gênero Panicum Maximum ficou com a cultivar BRS Quênia, com R$ 15.873.880.

Na sequência, demandaram maiores investimentos para o desenvolvimento: BRS Tamani (lançada em 2015), com R$ 14.346.332; BRS Zuri (2014), com R$ 8.445.239; Massai (2001), com R$ 3.923.865; Milênio (ainda não lançada), com R$ 3.761.560; Tanzânia (1990), com R$ 3.623.349 e Mombaça (1993), com R$ 3.582.340.

Das plantas do gênero stylosanthes, o maior custo para criação de uma nova cultivar foi o da Bela 1 (lançada em 2019), com R$ 8.686.164. Depois aparecem a Mineirão (1993), com R$ 4.295.826 e a Campo Grande (2000), com R$ 3.227.827.

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Prazo de avaliação de uma nova cultivar dura dez anos ou mais (Foto: reprodução)

Diferenciais. As novas cultivares de forrageiras melhoram o valor proteico de pastagens, além de oferecerem mais resistências as pragas e doenças e ainda uma melhor adaptação a diferentes tipos de solos e climas, possibilitando maior ganho de peso dos animais, aumento da taxa de lotação por hectare e incremento de produtividade.

Desenvolvimento. De acordo com a instituição, o desenvolvimento de uma nova cultivar é um processo demorado, que envolve uma equipe multidisciplinar e um conjunto de entidades, para que o produto final contenha recomendações de uso e possa ser adotado em larga escala.

A instituição destaca ainda que o desenvolvimento tem causando enorme impacto no setor, já que as pastagens cultivadas são recursos básicos da bovinocultura de corte no País, com exceção de alguns biomas, como o do Pantanal, o Pampa gaúcho e a ilha de Marajó, que têm expressiva área de pastagens nativas.

Um dado que reflete a importância da cultivar Marandu, que foi lançada pela Embrapa Gado de Corte em 1984, é que atualmente ela está presente em pelo menos 50% das pastagens introduzidas no Cerrado brasileiro. A estimativa da instituição é que os impactos econômicos, sociais e ambientais com seu uso tenham gerado a ela um benefício de aproximadamente R$ 2,7 bilhões. Entretanto, não foi possível calcular o investimento para o desenvolvimento do Marandu.

Fonte: G1, adaptado pela equipe feed&food.