João Paulo Monteiro, Revista Feed&Food nº 200
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Para a agropecuária brasileira seguir avançando mundo afora e aprimorar sua imagem, é crucial abraçar a responsabilidade ambiental, social e econômica.
Na visão do pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Sérgio Raposo de Medeiros, o setor deve encarar de frente os impactos gerados e assumir o compromisso de melhorar. Embora haja um caminho a percorrer, o agro brasileiro está pronto para liderar transformações positivas em busca de uma sustentabilidade mais consciente.
Nesse sentido, enfrentar os desafios ambientais e promover a sustentabilidade na produção de proteína animal passa, necessariamente, pela aplicação de tecnologia no campo.
“Eu diria que metade ou mais do problema estaria resolvido apenas com a aplicação de mais tecnologia”, analisa Raposo.
Maurício Velloso, pecuarista e presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), segue na mesma linha.
Em boa parte, as práticas adotadas no País, como a integração lavoura-pecuária, vão além da neutralidade das emissões de carbono, sendo capazes de gerar créditos. “Isso precisa ser reconhecido internacionalmente”, acrescenta Velloso.
O presidente da Assocon reconhece que a rápida evolução da agropecuária brasileira gera preocupações globais. “Vivíamos uma realidade ‘Flintstones’ até cerca de 40 anos atrás. Hoje, em um período curtíssimo, grande parte do Brasil se transformou em agropecuária ‘Jetsons’. Isso assusta o mundo”.
Assim, não restam dúvidas, confirma o pecuarista: “Essa é uma briga que teremos que enfrentar para quebrar as resistências e mostrar ao mundo que a moderna agropecuária brasileira é a chave para um futuro mais sustentável e eficiente”.