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Dia Mundial do Engenheiro Agrônomo: qual a origem da profissão?

Atividade, celebrada globalmente em 13/09, começou a ser lecionada no Brasil no fim do século 19
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Agronomist

Ao longo da história, o aumento da produtividade agrícola foi peça chave durante o crescimento populacional. A agricultura é uma prática que conta com cerca de 10 mil anos, mas seu desenvolvimento como um campo de conhecimento disciplinar (com métodos científicos) é recente. 

A primeira escola de agronomia foi criada em 1802, na Alemanha, por Albrecht Daniel Thaer. Outro marco importante foi a criação, em 1848, do Instituto Nacional Agronômico de Versailles, na França. 

O nome da disciplina quer dizer “manejo do campo”. Este ensino chegou ao Brasil no fim do século 19, quando a primeira escola de agronomia foi fundada em 1875, em São Bento das Lajes, na Bahia. O objetivo? Formar mão de obra especializada para o cultivo da lavoura no País, que começava a receber os primeiros imigrantes europeus para trabalhar no campo. Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi a segunda cidade brasileira a contar com uma escola agronômica, hoje ligada à Universidade Federal de Pelotas. 

Em 1933, o gaúcho Getúlio Vargas formalizou a ocupação no Brasil, criando conselhos que normatizaram e fomentaram a execução da profissão. Isso foi fundamental para o Brasil ser hoje o maior exportador de alimentos, mesmo diante do êxodo rural que o nosso País viveu a partir da década de 1970.

Em 1966, sob o governo Costa e Silva, a profissão passou a ser normatizada também pela Lei Federal 5.194/66. Ela prevê, por exemplo, que o termo correto para designar a ocupação não é “agrônomo”, mas sim “engenheiro agrônomo”. Porém, como ela foi publicada em 24 de dezembro, comemora-se o Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo em 12 de outubro, data em que Vargas criou os conselhos, em 1933.

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Profissional tem grande importância no desenvolvimento de técnicas que impulsionaram Brasil à lista de players globais do agronegócio (Foto: reprodução)

PROFISSIONAL FUNDAMENTAL

Diante da competitividade do agronegócio internacional, o engenheiro agrônomo se tornou fundamental. Além de cuidar do manejo das culturas de uma propriedade, desde o planejamento até a finalização da venda da produção, ele é capaz de agregar valor à prática agrícola ao considerar o desenvolvimento sustentável com ciência e tecnologias específicas.

Isso é especialmente relevante no caso do Brasil, que possui extensão continental e combina clima tropical com outros mais temperados. Ambos os ambientes colocam desafios específicos à produção: se as plantações do Sul sofrem com geadas, as lavouras do Centro-Oeste poderão estar mais suscetíveis à seca e a insetos, por exemplo.

E foi graças ao desenvolvimento e ao manejo correto de uma série de técnicas agrícolas, que chegaram aos produtores a partir de uma política consistente de extensão rural, que o Brasil foi capaz de passar de uma agricultura de subsistência para uma empresarial, caracterizada pelo emprego de alta tecnologia, uso eficiente de insumos (irrigação, adubos, defensivos etc.) e alta produtividade. 

Essa é uma mudança de estratégia importante que mostra a relação direta entre o engenheiro agrônomo e o desenvolvimento socioeconômico do país, seja quanto à soberania alimentar brasileira ou à possibilidade da melhoria da balança comercial do País.

Fonte: Summit Agro do Estadão, adaptado pela equipe FeedFood.

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