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De janeiro a novembro, SC exportou 657,8 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 1,54 bilhão 

Em São Paulo, os preços do suíno vivo apresentaram quedas significativas em dezembro, segundo análise do Cepea
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Camila Santos I camila@dc7comunica.com.br

O estado de Santa Catarina continua a liderar as exportações brasileiras de carne suína, apesar de registrar uma redução nos volumes e receitas em novembro. Foram exportadas 62,5 mil toneladas no mês, uma queda de 8% em relação a outubro, mas alta de 10,1% em comparação a novembro de 2023. As receitas alcançaram US$ 155,5 milhões, com variação negativa de 8,2% em relação ao mês anterior, mas crescimento expressivo de 22,3% frente ao mesmo período do ano passado. Segundo Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, as quedas de novembro refletem a base elevada de outubro, que registrou o segundo maior resultado da série histórica. Ainda assim, os números de novembro representam o terceiro melhor desempenho histórico em receitas e o quarto em volume.

No acumulado de janeiro a novembro, o estado exportou 657,8 mil toneladas de carne suína, gerando receitas de US$ 1,54 bilhão, indicando crescimento de 10,5% em volume e 7,8% em valor em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,4% das receitas e 54,8% do volume total exportado pelo Brasil, consolidando sua posição como principal exportador de carne suína do país.

Enquanto isso, no mercado interno de São Paulo, os preços do suíno vivo apresentaram quedas significativas em dezembro, segundo análise do Cepea. Após alcançar recordes nominais em novembro, o desequilíbrio entre oferta e demanda tem pressionado as cotações. Na parcial de dezembro, até o dia 17, a carcaça especial foi negociada a uma média de R$ 14,53/kg no atacado da Grande São Paulo, uma retração de 2% em relação ao mês anterior. Essa queda interrompe uma sequência de altas que vinha sendo observada desde maio de 2024.

Números de exportação de novembro representam o terceiro melhor desempenho histórico em receitas e o quarto em volume (Foto: Reprodução)

Dessa forma, o cenário reflete diferença entre mercado externo e interno. Enquanto as exportações catarinenses mantêm desempenho robusto, o consumo doméstico enfrenta desafios, como o aumento da oferta e limitações na demanda, o que impacta diretamente as cotações. O setor deve monitorar esses movimentos para ajustar estratégias de comercialização e ampliar competitividade nos dois mercados.

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