BOVINOCULTURA

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Comissão de bovinocultura estrutura ações para 2024

Consenso entre os membros é de que os produtores rurais precisam investir em tecnologia
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Os Integrantes da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faculdade de Educação Paulistana (FAEP), se reuniram para estruturar as ações estratégicas para o próximo ano, em 2024, na última terça-feira (19). O consenso entre os membros é de que os produtores rurais precisam investir em tecnologia e no compartilhamento de informações técnicas.

Durante o encontro, além de traçarem um panorama do mercado, os membros do colegiado debateram os pontos relevantes para o setor, como a rastreabilidade e a necessidade de fortalecimento do Programa Pecuária Moderna.

O coordenador de Pecuária de Corte do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rodrigo César Rossi, apresentou na reunião o histórico da criação de bovinos do Estado.

“Apesar de se produzir um animal diferenciado, vieram dificuldades de comercialização. O Paraná tinha um animal jovem, com carne diferenciada, mas a indústria estava voltada a abater um animal mais velho. Não estava pronta para abater animais jovens. Houve uma dificuldade de posicionar o novilho precoce”, relatou o coordenador.

A meta em 1975, quando a bovinocultura começou a se estruturar no Paraná, era reduzir a idade de abate de 4 para 3 anos. Em 1996, o Estado lançou o Programa Pecuária de Curta Duração (PCD), com foco no novilho precoce, o qual o animal era abatido aos 24 meses, com carcaças de 225 quilos, no caso dos machos.

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Consenso entre os membros é de que os produtores rurais precisam investir em tecnologia (FOTO: REPRODUÇÃO)

Neste cenário, por conta da demanda, surgiram alianças mercadológicas, que valorizaram o produto, apontando que aquele era o caminho. O arranjo de produção viria a dar origem às cooperativas de carnes nobres, que se notabilizam em âmbito nacional por sua excelência e pelos produtos premium que oferecem.

O setor deu mais um passo com a criação do Programa Pecuária Moderna no ano de 2015, instituído sob alguns pilares básicos, como foco na carne de qualidade e em mercados diferenciados, na produção sustentável e em tornar o Paraná em referência nacional no que diz respeito a esses pontos.

Os dados do programa mostram as vantagens os resultados obtidos pelo Pecuária Moderna, em relação à método tradicional. Além de abater os animais com 24 meses, o peso médio das carcaças também é maior (20 arrobas, ante 18 arrobas da pecuária convencional) e taxa de ocupação das pastagens é melhor. O rendimento das carcaças nos frigoríficos e bonificação paga aos pecuaristas também são mais positivos no Pecuária Moderna.

Já em 2022, mesmo com os números de produtores que atuam com as bases do programa ainda pequenos, mais de 107 mil cabeças foram produzidas na Pecuária Moderna, representando apenas 8,2% dos abates verificados no Estado.

Contudo, a cadeia prevê uma reorganização para cobrar maior ênfase no programa. Entre as ações previstas, está o fortalecimento da assistência técnica do IDR-Paraná, com a contratação de novos extensionistas, o foco em assessorias técnica e gerencial; e a adoção de tecnologia por parte dos pecuaristas.

Fonte: CNA, adaptado pela equipe FeedFood.

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