O ano de 2021 apresentou uma crescente de 11% em relação à 2020 na produção de proteína suína. O resultado consolida o Brasil como um dos principais fornecedores do produto. A alta demanda traz consigo a intensificação da criação de suínos em ambientes fechados, o que também potencializa a ocorrência de doenças infecciosas, como é o caso de doenças respiratórias.
Essas doenças são consideradas multifatoriais e comprometem os animais de maneira geral, impactam o seu bem-estar e interferem negativamente no índice produtivo da granja, seja pela demora no ganho de peso dos lotes, pelo alto índice de mortalidade ou pela condenação das carcaças no abate.
A Pneumonia Enzoótica Suína (PES) é uma doença altamente contagiosa, mas com baixo índice de mortalidade e que apresenta grande incidência nas granjas brasileiras, sendo considerada uma doença de caráter crônico e difícil erradicação. Causada pela bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, a doença destrói o elevador mucociliar que é o principal mecanismo de defesa inespecífico do trato respiratório, comprometendo a imunidade respiratória do animal e favorecendo infecções oportunistas.
A presença de lesões pulmonares faz com que os animais diminuam seu potencial produtivo, causando prejuízos financeiros e gerando impactos no sistema de produção. A PES é uma doença altamente contagiosa e promove perdas econômicas relevantes na suinocultura, com queda de produtividade que pode atingir 20% sobre a conversão alimentar e até 30% sobre o ganho de peso.
De acordo com estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (CNPSA-Embrapa), as perdas estimadas de peso dos animais devido às lesões pneumônicas desencadeadas pela PES são cerca de 2,5kg por suíno abatido, algo em torno de R$80 milhões por ano. Outro estudo realizado em 2017 (Brewster et. Al.) mostra que para cada aumento no escore de lesão pulmonar causada pela PES está associado a uma redução de 0,37kg no peso da carcaça pós abate.
Com tamanha influência nos resultados produtivos da granja, a Pneumonia Enzoótica Suína pode ser controlada de maneira eficaz com um manejo sanitário rigoroso e adequado que inclua, além das medidas ambientais, mas também, quarentena dos novos animais inseridos no plantel e vacinação.
A imunização com Hyogen confere uma proteção robusta contra o agente causador da doença. A vacina possui uma cepa mais virulenta que as cepas já conhecidas no mercado e garante maior propriedade imunogênica. Em combinação com o adjuvante – o Imuvant, que apresenta componentes do LPS de E. coli – potencializa a estimulação do sistema imunológico dos animais, garantindo maior eficácia no controle desta doença.
Um estudo realizado por Piel demonstra que a granja vacinada com Hyogen reduz substancialmente a ocorrência e severidade das lesões pulmonares dos animais acometidos pelo Mycoplasma hyopneumoniae. Os resultados evidenciam que Hyogen promove melhor proteção aos suínos do que outras vacinas no mercado, comparando o curso clínico da doença e o escore de lesão pulmonar. A melhoria da saúde pulmonar correspondeu ao aumento de 44g de peso por animal.
A análise comparativa de desempenho financeiro dos diferentes grupos de animais com escore de lesão pulmonar distintos mostrou que o grupo sem lesões mostrou uma oportunidade de ganhos de até US$6,55 por animal na terminação (Ferraz, 2020).
Estes dados demonstram que os investimentos visando a sanidade do plantel influenciam diretamente na melhoria dos resultados e são imprescindíveis para o controle e combate a essas enfermidades, que dificultam no mundo todo a excelência da produtividade e competitividade do setor suíno.
Atenta também às tendências tecnológicas, a Ceva disponibiliza aos produtores parceiros o Ceva Lung Program (CLP), software desenvolvido especialmente para avaliar a saúde pulmonar dos animais abatidos. Os dados obtidos informam o produtor de maneira precisa a presença, incidência, padrões de circulação e até mesmo o impacto destas doenças na granja através de escalas de pontuação dada aos pulmões nos frigoríficos.
Com o conhecimento e as ferramentas certas na mão, o produtor tem autonomia para aperfeiçoar a biosseguridade da sua granja, garantindo um plantel mais sadio, uma produção mais rentável e uma proteína suína de maior qualidade.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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