A confirmação de febre aftosa na Alemanha, após quase 40 anos, reacende o debate sobre os desafios e a importância da defesa agropecuária no Brasil. Como maior exportador mundial de carne, o país enfrenta o risco de que a reintrodução do vírus comprometa a sanidade dos rebanhos e abale sua posição no mercado internacional.
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa, com impacto econômico significativo, mesmo sem oferecer riscos diretos à saúde humana. No Brasil, onde a produção de carne bovina gerou US$ 13 bilhões em receita no último ano, um surto seria desastroso, afetando exportações, indústrias e o agronegócio como um todo. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) reforça a necessidade de investimentos constantes na vigilância e controle de fronteiras para evitar a entrada do vírus.
O secretário de Planejamento do Anffa Sindical, Serguei Brener, destaca que o Brasil atingiu recentemente o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, após cinco décadas de esforços. Qualquer reintrodução da doença implicaria o retorno à vacinação e a adoção de medidas drásticas, como o sacrifício de animais, além de prejuízos diretos para produtores e indústrias. Brener ressalta a urgência na recomposição do quadro de auditores fiscais, atualmente deficitário, para manter a eficácia do sistema de defesa agropecuária.
A situação na Alemanha serve como um alerta global, reforçando que a segurança sanitária exige atenção contínua. Para o Brasil, o fortalecimento das estruturas de fiscalização, incluindo portos, aeroportos e fronteiras, é fundamental para prevenir riscos e assegurar a competitividade do agronegócio no mercado internacional.
Fonte: Anffa Sindical, adaptado pela equipe FeedFood.
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