O Brasil possui a maior porcentagem de terras destinadas à proteção da flora e fauna.
O território brasileiro é dividido em seis biomas:
· Amazônico: com 418,2 milhões de ha, onde 50,7% estão destinados à proteção ambiental;
· Cerrado: com 203,9 milhões de ha, com 12,2% da área destinada a proteção ambiental;
· Mata atlântica: com 110,6 milhões de ha, com 9,1% do território protegido;
· Caatinga: com 82,6 milhões de ha, com 7,9% do território protegido;
· Pantanal: com 15,1 milhões de ha, com 5% do território protegido;
· Pampa: com 17,7 milhões de ha, com 2,9% do território protegido.
O Brasil detém 7% das terras continentais do planeta, fora a Antártida, a área protegida corresponde a 14% do total protegido no mundo e, excluindo a Argentina, a soma das áreas protegidas no Brasil é maior que a extensão da área de qualquer país da América Latina ou União Europeia.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), o Brasil protege três vezes mais que a média de todos os países com mais de 2,5 milhões de km².
Tabela 1.
Total de áreas protegidas em países com mais de 2,5 milhões de km².
Ao compararmos o Brasil com os EUA, por exemplo, de acordo com os dados recolhidos pela Embrapa Territorial em 2018, temos:
Figura 1.
Uso e ocupação das terras brasileiras e estadunidenses em porcentagem.
O Brasil destina 30,2% do território para a exploração agropecuária e os EUA destinam 74,3%, e em relação a proteção e preservação da vegetação nativa o Brasil preserva 66,3% do território, e os EUA 19,9%.
Com o uso do satélite Landsat 849 a Agência Espacial Norte Americana (NASA) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) calculam as áreas destinadas a lavouras em todo o planeta.
Os países com as maiores extensões cultivadas são Índia, Estados Unidos, China, e Rússia, que, somados, ocupam 36% da área cultivada do planeta.
O Brasil fica em quinto lugar ocupando 3,42% da área do planeta.
Tabela 2.
Países com as maiores extensões cultivadas do planeta.
Cerca de 66% do território brasileiro está destinado à proteção e preservação da vegetação nativa, enquanto apenas 7,6% são utilizados para a produção agrícola.
Em outro comparativo, países europeus, críticos do uso das terras brasileiras, utilizam mais que o dobro da área cultivada no Brasil para a produção rural, como por exemplo, Dinamarca (76,8%) Irlanda (74,7%), Países Baixos (66,2%), Reino Unido (63,9%) e Alemanha (56,9%).
Quando o assunto é uso de terras para pastagens, o Brasil lidera, com a maior extensão de pastagens do mundo, seguido pela Austrália, Argentina, China, EUA, Índia, Indonésia e Rússia.
Contudo, comparando o percentual de terras utilizadas para pastagem em relação ao tamanho do país, o Brasil fica em sexto lugar entre os oito maiores, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Tabela 3.
Países com as maiores áreas de pastagens em relação sua área total.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a China lidera em área com florestas plantadas, com 210 milhões de hectares, ou 12% do total global. Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com 190 milhões de hectares, a Espanha, com 116 milhões de ha, e o Brasil está em quinto lugar com 90 milhões de ha.
Tabela 4.
Países com as maiores áreas de florestas plantadas em hectares.
A plantação de florestas é uma atividade crescente no mundo. Em 2023, a área mundial com florestas plantadas foi de 1,6 bilhão de hectares.
O Brasil é líder quando o assunto é produção em menos espaço, utilizando relativamente pouco do território nacional, sendo um dos maiores produtores agropecuários do mundo e ainda destinando uma porcentagem significativa de terra para a preservação da fauna e flora.
Esse esforço do agronegócio brasileiro não é reconhecido mundialmente, certamente por incomodar países que concorrem com o Brasil na produção de alimentos e de fibras.
Manter a integridade territorial e o livre arbítrio do uso do solo deve ser um cuidado permanente e uma prerrogativa dos brasileiros, que diplomaticamente não interferem em questões semelhantes em outros países.
Fonte: Scot Consultoria.