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Avicultura mantém força com spreads elevados e boas perspectivas para 2025

Primeira safra de grãos deve garantir custos competitivos, enquanto a menor oferta de carne bovina deve sustentar os preços do frango no mercado interno
Por Equipe Feed&Food

O setor avícola fechou 2024 em alta, com spreads fortalecidos tanto no mercado interno quanto nas exportações, apoiados por custos controlados e aumento nos preços da carne de frango. Segundo o relatório agro mensal de janeiro de 2025 do Itaú BBA, dezembro registrou a maior média mensal para o frango abatido (inteiro congelado) em São Paulo, alcançando R$ 8,27/kg, uma alta de 4,6% em relação a novembro e de 11,7% frente a dezembro de 2023. As exportações robustas, o aumento nos preços da carne bovina e o consumo interno aquecido impulsionaram esses resultados.

Apesar da leve queda de 0,4% no preço do frango vivo nas granjas, os spreads atingiram níveis históricos. O indicador da ave abatida chegou a 76%, maior patamar desde dezembro de 2019 e bem acima da média histórica de 55%. No mercado externo, o spread das exportações avançou para 102% em dezembro, com o câmbio favorável compensando a pequena queda no preço de exportação. As vendas externas totalizaram 413 mil toneladas em dezembro, o segundo melhor desempenho histórico para o mês.

O crescimento foi evidente também na produção. Dados do IBGE mostram um aumento de 1,5% na produção de carne de frango até setembro, revertendo a queda do primeiro trimestre (-2,5%) e acelerando no segundo (+2,3%) e terceiro trimestres (+4,8%). Além disso, os alojamentos de pintinhos em outubro cresceram 9,7% em relação ao mesmo período de 2023, indicando uma expansão planejada e sustentável. Para 2025, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta aumentos de 2,3% na produção, que deve atingir 15,35 milhões de toneladas, e de 1,9% nas exportações, chegando a 5,35 milhões de toneladas.

Setor deve manter margens favoráveis, consolidando seu papel estratégico no mercado de proteínas (Foto: Reprodução)

A expectativa para 2025 é positiva. A primeira safra de grãos, beneficiada por boas condições climáticas, deve garantir custos competitivos, enquanto a menor oferta de carne bovina deve sustentar os preços do frango no mercado interno. No cenário global, o USDA prevê que o Brasil terá o maior crescimento absoluto entre os exportadores de carne de frango, com incremento de 100 mil toneladas. Apesar de possíveis ajustes sazonais nos preços no início do ano, o setor avícola deve manter margens favoráveis, consolidando seu papel estratégico no mercado de proteínas.

Fonte: Itaú BBA, adaptado pela equipe FeedFood.

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