As exportações de carne de frango do Brasil enfrentaram uma queda de 6,5% em 2024, totalizando 691,7 mil toneladas, o que representou uma redução de 47,8 mil toneladas em relação ao ano anterior. Esse desempenho negativo também afetou as receitas, que caíram 12,7%, atingindo US$ 1,266 bilhão. O principal fator para essa retração foi o surto de Newcastle no Rio Grande do Sul, que resultou em perdas substanciais no setor, estimadas em US$ 184,8 milhões, devido à interrupção nas exportações de 47,8 mil toneladas de carne de frango.
“As exportações do setor, embora pressionadas pela alta demanda interna pelo produto, se mantiveram sustentadas em patamares muito acima ao ocorrido há dois anos” – Ricardo Santin, presidente da ABPA
Em relação ao mercado de ovos, o Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 4,3% nas exportações de 2024, com aumento de 266 toneladas, totalizando 6,5 mil toneladas exportadas. Contudo, as receitas do setor caíram 19%, somando US$ 17 milhões, impactadas pela redução no preço médio da tonelada no mercado externo e pela competição com outros países. Apesar disso, espera-se que a alta constante do dólar favoreça a recuperação do setor já no primeiro trimestre de 2025.
No contexto das exportações avícolas brasileiras, o Brasil alcançou um recorde histórico em 2024, exportando 5,294 milhões de toneladas de carne de frango, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. A receita também registrou um leve crescimento de 1,3%, atingindo US$ 9,928 bilhões. O Paraná e Santa Catarina continuaram sendo os principais estados exportadores, com destaque para a liderança do Paraná, que exportou 2,174 milhões de toneladas. Apesar dos bons resultados nacionais, o Rio Grande do Sul sofreu uma queda de 6,32% nas suas exportações.
Em relação às exportações de ovos, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil apresentou um declínio significativo de 27,3% em volume, com um total de 18,469 toneladas exportadas em 2024, e uma queda de 37,9% nas receitas, que somaram US$ 39,2 milhões. No entanto, em dezembro, houve um desempenho positivo, com um aumento de 116,8% nas exportações em relação ao mesmo mês de 2023. O Chile foi o principal destino das exportações de ovos, com um aumento expressivo de 141,4% nas compras em relação ao ano anterior.
“As exportações do setor, embora pressionadas pela alta demanda interna pelo produto, se mantiveram sustentadas em patamares muito acima ao ocorrido há dois anos. Ao mesmo tempo, o último trimestre de 2024 marcou o início de um fluxo positivo nas exportações brasileiras de ovos, em patamares que deverão se sustentar ao longo de 2025”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Fonte: ASGAV, adaptado pela equipe FeedFood.
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