Wellington Torres, em Ribeirão Preto (SP)
No desenrolar de um setor produtivo robusto, como é o caso da avicultura de postura nacional, a exportação é uma frente de crescente importância e que exige ser mais trabalhada. Durante o XIX Congresso de Ovos, iniciado nesta terça-feira (22), o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, ressaltou pontos de destaque para 2022.
Segundo o profissional, ao pontuar os impactos do conflito entre Ucrânia e Rússia, que segue acarretando mudanças nos mais diversos mercados, o agronegócio brasileiro como um todo deve estar atento às maiores demandas externas.
“É uma nova realidade que vai demandar mais do País. O mundo está vivenciando uma crise de segurança alimentar, do produto-final na prateleira, assim como do insumo-base para se transformar em produto”, destacou.
Para ele, nesse ponto é importante que o setor de ovos trabalhe com maior afinco os embarques, o que exige o desenvolvimento de uma cultura exportadora concisa e eficiente. “A primeira coisa é participar de feiras, viajar de missões – nós temos a Apex-Brasil, que é especializada em fazer isso, tem suporte para os pequenos exportadores, com regularidade, fazendo assim com que o Brasil cresça mais de 1%, obtendo estabilidade”, indicou.
Atualmente, o País tem como principais compradores da proteína os Emirados Árabes, Omã e Estados Unidos. No entanto, apenas 0,46% do total produzido da proteína é embarcado.
“Agora, em um ambiente de guerra, o mundo está voltando os olhos para cá porque a insegurança alimentar está apontando para o Brasil como um lugar que pode ajudar na solução do problema”, afirmou, ao reforçar a importância do Brasil ofertar alimentos às mais diversas nações.