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As transformações geradas pela microencapsulação

Tecnologia oferece melhorias significativas na saúde dos suínos, eficiência produtiva e redução de antibióticos, enquanto abre novas oportunidades para a inovação no setor
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Nos últimos anos, a suinocultura tem se beneficiado de avanços tecnológicos que visam otimizar a nutrição animal e melhorar a saúde dos rebanhos. Entre essas inovações, destaca-se a microencapsulação, uma técnica que vem ganhando espaço por sua capacidade de proteger e liberar nutrientes de maneira controlada ao longo do trato gastrointestinal dos suínos. Essa tecnologia está transformando a forma como os aditivos nutricionais são administrados, garantindo maior eficiência e impacto positivo no desempenho dos animais.

Somado a isso, ela permite a liberação progressiva e modulada de nutrientes e metabólitos ao longo do trato gastrointestinal dos suínos, como explica Tiago Goulart Petrolli, zootecnista, doutor em Nutrição e Produção de Monogástricos e Gerente de P&D na BTA Aditivos. “O intestino dos suínos é um dos mais longos entre as espécies de interesse econômico, o que dificulta que os ingredientes ativos cheguem até as porções finais, onde os desafios microbiológicos são maiores”. A microencapsulação, segundo ele, garante que os ingredientes ativos atinjam precisamente os segmentos-alvo do intestino, aumentando a efetividade dos elementos utilizados na nutrição.

Além disso, Petrolli destaca que o intestino delgado dos suínos possui um gradiente de pH ao longo de sua extensão, criando ambientes distintos para diferentes grupos microbianos. “Quando se utilizam moléculas para modulação da saúde intestinal sem microencapsulação, a maioria é absorvida nas porções iniciais do intestino, não chegando em quantidades suficientes às regiões finais, onde a carga microbiológica é maior”, afirma. A tecnologia de microencapsulação, portanto, assegura que os ativos cheguem a essas áreas críticas, proporcionando um controle microbiológico mais eficaz e uma modulação microbiana aprimorada.

A microencapsulação é realizada por meio de um revestimento lipídico resistente às condições de pH do estômago e do duodeno. Para que os ativos sejam liberados, é necessária a digestão desse revestimento pelas enzimas lipases pancreáticas, o que permite que, à medida que o bolo alimentar se desloca pelo trato gastrointestinal, o revestimento vá se degradando gradualmente. O tamanho e a espessura do revestimento das cápsulas determinam o tempo e o local da liberação dos nutrientes, permitindo uma modulação precisa e eficaz.

A utilização dessa tecnologia melhora a eficiência na liberação dos nutrientes e também promove a sustentabilidade na suinocultura. “A microencapsulação permite a redução do uso de antibióticos, o que está alinhado aos conceitos de saúde única (One Health), envolvendo a saúde animal, humana e a conservação do meio ambiente”, ressalta Petrolli. Com a diminuição no uso de antibióticos, reduz-se também a ocorrência de resistência antimicrobiana e a geração de superbactérias resistentes no ambiente, o que preserva a eficácia desses medicamentos para a medicina humana.

Você pode ler a reportagem “AS TRANSFORMAÇÕES GERADAS PELA MICROENCAPSULAÇÃO”, pela jornalista Glaucia Bezerra, na íntegra e sem custo, acessando a página 45 da edição de setembro (nº 209) da Revista FeedFood.

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