O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), recém-lançado, está com a maior parte dos 40 milhões de hectares concentrada na região Centro-Sul do Brasil, sem risco de expansão da produção, com ou sem novos desmatamentos, na região amazônica.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Exteriores do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, os 40 milhões de hectares estão na região Centro-Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste, em Estados como Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
“Estão muito afastadas da região amazônica. Não há risco de se fazer expansão na região”, explicou Perosa durante a apresentação do programa no painel da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai.
Ao todo, as fazendas ultrapassam os 170 mil em 3,7 mil municípios do País, somando 80% das áreas degradadas mapeadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo Banco do Brasil (BB), de pequenos e médios produtores. Na carteira do BB, 190 mil deles estão capacitados para os financiamentos de conversão das pastagens.
“Se vamos dobrar, precisamos ter uma estratégia de como escoar esta produção. Também pensamos em como dar vazão à produção nos próximos anos. O PAC traz R$1,7 trilhão de investimentos em infraestrutura e também recursos para pesquisa e inovação na Embrapa”, destacou o secretário.
Os hectares correspondem às áreas já abertas e antropizadas com alta aptidão para conversão em lavouras ou para reforma dos pastos e intensificação da pecuária.. Já o programa pretende atrair 120 bilhões de dólares para a recuperação das pastagens em apenas 10 anos, com linhas de crédito e carência para pagamento e juros “competitivos” em três e 12 anos, na respectiva ordem.
Fonte: Globo Rural, adaptado pela equipe FeedFood.
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