Dossiê com a história do ex-ministro será enviado ao Comitê na Noruega
O Engenheiro agrônomo e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, deverá se candidatar ao Nobel da Paz 2021. Profissional é apontado como um dos grandes responsáveis pela maior revolução tropical agrícola da história: a que tornou viável a produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala.
Desde o início do último ano, diversas entidades do agronegócio, universidades e profissionais do Brasil e de outros países passaram a apoiar a sua indicação. Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) e também ex-ministro da Agricultura, encabeça o movimento.
O Comitê do Prêmio Nobel na Noruega receberá um dossiê com a história de Paolinelli — dividido em cinco partes e com cerca de 40 páginas, já traduzidas para o inglês, o documento está pronto. O nomeador oficial, ainda indefinido, seria o diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) ou o reitor da Universidade de São Paulo (USP).
Sua trajetória. Secretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes, deputado federal constituinte e ministro da Agricultura de 1974 a 1979, Paolinelli é reconhecido por seu trabalho de consolidação e expansão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A criação da empresa é um marco do desenvolvimento da agropecuária no Cerrado.
Em 2006, Paolinelli ganhou o prêmio World Food Prize, espécie de Nobel da Alimentação, concedido a pessoas que ajudaram a melhorar a segurança alimentar no mundo. Hoje, o ex-ministro é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e do Instituto Fórum do Futuro.
Fonte: Valor Econômico, adaptado pela equipe feed&food.