O Brasil registrou um crescimento de 10% nas exportações de carne suína em 2024, consolidando um novo recorde para o setor. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume exportado chegou a 1,352 milhão de toneladas, superando as 1,229 milhão de toneladas registradas em 2023. Além disso, a receita obtida com as exportações ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 3 bilhões, alcançando US$ 3,033 bilhões, um aumento de 7,6% em relação ao total de US$ 2,818 bilhões do ano anterior.
Apesar do desempenho anual positivo, os embarques de dezembro apresentaram ligeira queda de 1,3%, totalizando 109,5 mil toneladas, contra 110,9 mil toneladas no mesmo mês de 2023. No entanto, a receita do mês disparou, com um crescimento de 11,6%, alcançando US$ 258,3 milhões, em comparação aos US$ 231,5 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
O destaque entre os destinos foi ocupado pelas Filipinas, que assumiram a liderança no ranking de importadores de carne suína brasileira, com 254,3 mil toneladas exportadas em 2024, representando um aumento expressivo de 101,8% em relação a 2023. Outros mercados de destaque foram Japão (93,4 mil toneladas, alta de 131,6%), México (42,8 mil toneladas, crescimento de 49,9%) e Singapura (79,1 mil toneladas, aumento de 23%). Por outro lado, a China, tradicionalmente a maior compradora, apresentou queda de 38%, com 241 mil toneladas importadas.
Entre os estados brasileiros, Santa Catarina manteve sua posição de liderança, com 730,7 mil toneladas exportadas (+10,1%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 289,9 mil toneladas (+3,2%), e Paraná, com 185,5 mil toneladas (+9,1%). Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também se destacaram, com crescimentos de 22% e 17,97%, respectivamente, em seus volumes exportados.
Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, “o setor ampliou significativamente a capilaridade das exportações, com aumento na média mensal de embarques e expansão para mercados asiáticos e das Américas. Os indicadores permanecem positivos para 2025, com forte tendência de manutenção do fluxo de exportação para os principais mercados globais.”
Fonte: ABPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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