Segunda etapa deve imunizar 4,6 milhões de animais somente em SP
A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa será encerrada na próxima segunda-feira (30). O objetivo dessa fase é imunizar cerca de 70 milhões de bovinos e bubalinos, de até dois anos de idade, conforme prevê o Calendário Nacional de Vacinação 2020 para a maioria dos Estados brasileiros. O envio da declaração de vacinação deve ser enviado até 07 de dezembro.
O preenchimento da declaração, conforme explica o médico-veterinário Odemilson Mossero e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) é tão importante quanto a própria vacinação no que tange os termos de controle. Com o registro, o produtor poderá cumprir com os compromissos sanitários junto ao órgão de defesa sanitária animal de seu Estado. Em São Paulo, as declarações devem ser realizadas preferencialmente por meio do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal (www.gedave.sp.gov.br).
“O produtor deve ficar atento à data (07/12) em que se encerra o prazo para a entrega da declaração da vacinação ao escritório de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura”, diz Mossero.
Uma ferramenta a ser valorizada. A imunização é a principal ferramenta para evitar a presença da doença nos rebanhos bovinos e bubalinos. “Foi com a aplicação da vacina que pudemos acabar com a doença no território nacional e nos estabelecermos como País livre de febre aftosa”, pontua o médico-veterinário Fábio Alexandre Paarmann, membro da Comissão Técnica de Saúde Animal do CRMV-SP.
O profissional explica que esse avanço também permitiu ao Brasil derrubar barreiras sanitárias contra nossos produtos e, assim, ampliar as vendas de animais e subprodutos para diversos países.
Para o vice-presidente do CRMV-SP, “as condutas para a imunização visam evitar o risco uma reintrodução dessa doença tão séria e tão devastadora para a sociedade, para economia e para a saúde animal”.
Ainda sobre o papel dos médicos-veterinários, Paarmann reforça que a atuação dos profissionais é crucial para a vigilância desta e de outras doenças. “Diante de uma suspeita de doença contagiosa, o médico-veterinário deve entrar em contato com as autoridades para que as ações necessárias sejam adotadas o mais breve possível.”
Para Mossero, esse cuidado reflete o bom resultado que o estado de São Paulo está obtendo em relação à defesa sanitária animal. “A notificação não pode ser omitida para que possamos controlar, erradicar e atuar em situações emergenciais sempre que for necessário. O fato de o Estado não ter registro da doença há 24 anos não significa que podemos ficar desatentos”, conclui o médico-veterinário.
Livre sem vacinação. No momento, são considerados livres da febre aftosa sem vacinação os Estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina, além de regiões do Amazonas e de Mato Grosso.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento (MAPA) informou que a retirada da vacina contra a febre aftosa, prevista para 2021, foi suspensa em decorrência da pandemia de Covid-19, que prejudicou o andamento de todas as ações e medidas que estavam em execução nos Estados brasileiros.
Fonte: CRMV/SP, adaptado pela equipe feed&food.