Vendas globais chegaram a US$ 6,4 trilhões no balanço de 2018
O crescimento do mercado Halal no Brasil tem feito o setor como um todo expandir. Certificadoras, como a Siil Halal, sediada em Chapecó (SC), ganham, assim, ainda mais relevância. A certificadora foi fundada em 2008 e é considerada uma aliada das empresas que atendem e também daquelas interessadas em produzir, armazenar e comercializar alimentos de acordo com as regras islâmicas.
A equipe da certificadora é composta por supervisores, auditores técnicos e religiosos, diretoria, gerência e administrativo, sendo um total de 25 colaboradores diretos e 200 indiretos. O número demonstra a criticidade do processo para obtenção da certificação.
“O Certificado Halal é um documento fiel, de garantia, emitido por uma certificadora reconhecida por países islâmicos. Nossa primeira habilitação aconteceu em 2012 para a Síria; na sequência veio África do Sul em 2014; em 2015 se deu a nossa entrada como membro do World Halal Food Council; em 2018 conquistamos o credenciamento pela GCC Accreditation Center reconhecendo a Siil Halal como certificadora para os países do Golfo, para o Reino da Jordânia e os países pertencentes à Liga Árabe. Neste mesmo ano conseguimos o reconhecimento da Emirates Authority For Standardization & Metrology (ESMA)”, informa o CEO Da Siil Halal, Chaiboun Darwiche.
O embasamento nas tendências apresentadas por grandes centros de pesquisas internacionais que reforçam o crescimento do mercado Halal foi um dos pontos que garantiu a certificadora a sua consolidação, na visão do CEO. Além disso, a alta taxa de fertilidade, crescimento da religião e a confiança depositada nos produtos certificados também são apontados como motivadores desta alavancagem.
Em seis anos, a venda global dos produtos halal dobrou, chegando a US$ 6,4 trilhões em 2018 (Foto: reprodução)
“Dados apontam para 1,6 bilhão de pessoas que se designam muçulmanas. Além disso, o islamismo é a religião que cresce de forma rápida comparada às demais religiões. Acreditamos que em 2050 o número de muçulmanos chegue a 2,8 bilhões de pessoas”, enaltece Darwiche.
O mercado. A economia halal global atingiu a marca de US$ 6,4 trilhões em 2018, o dobro dos US$ 3,2 trilhões contabilizados seis anos antes, de acordo com os dados levantados pela Autoridade de Padrões e Metrologia dos Emirados Árabes (Esma).
“Os gastos de muçulmanos com produtos e serviços Halal giraram em torno de US$ 1,9 trilhão em 2015. Entre os principais gastos estão alimentos e bebidas, correspondendo a US$ 1,7 trilhão, seguidos de roupas e acessórios, mídia, recreação, viagens, cosméticos e produtos farmacêuticos”, detalha Darwiche.
Fonte: Siil Halal, adaptado pela equipe feed&food.