O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) representou o Brasil na COP 29, realizada no Azerbaijão entre 11 e 22 de novembro, com foco no impacto das mudanças climáticas sobre a pesca e aquicultura. A delegação brasileira compartilhou ações de adaptação e mitigação, incluindo iniciativas voltadas para a sustentabilidade na produção de alimentos aquáticos.
Com aproximadamente, 8,5 mil quilômetros de litoral, o território oceânico brasileiro é chamado de “Amazônia Azul”, pois cobre 5,7 milhões de quilômetros quadrados, além de deter 12% da água doce do mundo e ecossistemas como a Floresta Amazônica, o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica, permeados de importantes bacias hidrográficas. Nossa matriz energética é, principalmente, limpa e renovável – e somos um dos maiores produtores e exportadores globais de alimentos, especialmente em grãos e proteína animal.
Para representar a pesca e a aquicultura brasileiras, o MPA marcou presença com a delegação do país e representantes que participaram de painéis e palestras sobre os alimentos aquáticos. O secretário-executivo adjunto do Ministério, Lázaro Medeiros, autoridade que representou o MPA no evento, ressaltou sobre a importância do debate mundial sobre pesca e aquicultura no combate às mudanças climáticas.“Tivemos êxito em apresentar nossos painéis sobre águas brasileiras, alimentos aquáticos, pesca amadora e esportiva sustentável e a participação social na construção de nossas políticas públicas, aqui, na COP 29. Também foi uma grande oportunidade para articularmos a participação dos setores na COP 30, que será realizada no Brasil, no próximo ano, convidando os setores pesqueiro e aquícola internacionais para esse próximo diálogo”.
O coordenador de Temas Técnicos e Comerciais do MPA, Diógenes Lemainski, participou do painel “Como os países estão tomando medidas climáticas em sistemas alimentares aquáticos”, onde pôde falar sobre os desafios climáticos do Brasil em relação a esses alimentos, ações de adaptação e mitigação e barreiras de investimento.
“Nosso setor enfrenta muitos desafios, mas fizemos progressos significativos no desenvolvimento, incluindo gestão e governança. O Brasil está enfrentando eventos climáticos sérios nos últimos anos, eventos que impactam no abastecimento de água, aumentam as temperaturas em corpos d’água e lagoas de aquicultura e reduzem a biodiversidade e a abundância em ecossistemas aquáticos, afetando a distribuição de recursos de peixes marinhos”, disse Diógenes, durante sua apresentação em que também falou sobre as medidas de adaptação e mitigação que vem sendo tomadas.
Fonte: MPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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