O mercado de genética bovina voltou a crescer em 2024, impulsionado pela recuperação nas exportações de sêmen e pelo aumento na importação de touros para coleta no Brasil. Dados recentes do Index ASBIA1 apontam que as exportações de sêmen aumentaram 19% no primeiro semestre, com 460.963 doses embarcadas. A importação também teve avanço de 14%, destacando a importância dos centros de coleta brasileiros, como o da Seleon Biotecnologia, que está processando doses para o mercado internacional e trabalha com touros importados das raças Aberdeen Angus, Holandês e Jersey.
O Centro de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS) da Seleon, em Itatinga, SP, projeta produzir cerca de 200 mil doses para exportação até o fim do ano, com 20% da produção destinada a países como Colômbia, Paraguai e Argentina. Francisco Biazon, supervisor Comercial da Seleon, comenta que a infraestrutura permite atender a demandas específicas do mercado, com processos que garantem a qualidade e a regularidade do fornecimento. “Até o momento, os touros importados superaram a marca de 500 mil doses coletadas, e acreditamos que este volume continuará a crescer”, explica.
A importação de touros vivos se consolida como estratégia para enfrentar desafios econômicos e de logística. Rafael Ribeiro, gerente de Mercado Leite da ST Genetics, explica que a pandemia impactou os custos e a disponibilidade de transporte, mas o investimento em touros no Brasil garantiu a continuidade do fornecimento de genética avançada. “A importação de touros vivos permite uma oferta constante e de qualidade, sem a instabilidade dos embarques internacionais”, afirma.
Com capacidade para abrigar até 500 touros e um sistema rigoroso de controle sanitário, o CCPS da Seleon investe em bem-estar animal e avançadas tecnologias de análise para garantir a excelência da produção. “Cada passo, desde a chegada do animal até a coleta de sêmen, segue protocolos que maximizam o potencial fertilizante do produto final”, ressalta Biazon.
Fonte: Seleon, adaptado pela equipe FeedFood.
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