Em setembro, o GT de Clima da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável realizou o último webinar de sua série sobre o mercado de carbono, com o tema “Pecuária e Balanço de Carbono: Impactos e Oportunidades”. O evento contou com a participação de Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste, e Renata Branco, do Instituto de Zootecnia (IZ), que discutiram as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e como práticas de manejo podem reduzir essas emissões no Brasil.
Alexandre destacou que a produção pecuária brasileira, em grande parte baseada em sistemas de pastejo, proporciona uma vantagem ambiental, pois pastagens bem manejadas aumentam o sequestro de carbono. Já Renata enfatizou a necessidade de dados consistentes sobre as emissões e apresentou estratégias para mitigar o impacto do metano, como manipulação dietética e uso de aditivos, ressaltando que o Brasil tem o potencial de se tornar um líder global na pecuária de baixo carbono.
Os especialistas também apontaram que a adoção de tecnologias como melhoria genética, nutrição e manejo de pastagens pode reduzir as emissões de carbono em até 5,5 bilhões de toneladas, comparável às emissões da União Europeia ou dos Estados Unidos. A comunicação adequada sobre essas práticas agropecuárias foi destacada como essencial para fortalecer a imagem da pecuária brasileira.
O webinar também reforçou a importância da ciência brasileira no desenvolvimento de práticas sustentáveis e a necessidade de dados tropicalizados para enfrentar os desafios das emissões de carbono no setor, promovendo uma pecuária mais alinhada às exigências ambientais e de mercado.
Fonte: Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, adaptado pela equipe FeedFood.
LEIA TAMBÉM:
Produção de rações cresce 1,4% no primeiro semestre
Governo destina R$ 60 milhões ao Mapa para reforçar RS
Exportações de genética avícola registram crescimento de 5,7%
