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O que a regência ensina sobre gestão de times

Maestrina Vânia Pajares mostra como a arte de conduzir uma orquestra pode oferecer valiosas lições para a gestão de equipes
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Camila Santos | camila@dc7comunica.com.br

Conduzir uma equipe é um pouco como reger uma orquestra: cada integrante tem seu papel, suas habilidades, e o grande desafio do líder é garantir que tudo funcione em harmonia. Afinal, liderar com excelência vai muito além da técnica; envolve emoções e, claro, a arte de lidar com pessoas. E quem melhor para falar sobre isso do que Vânia Pajares? Regente e diretora musical com mais de três décadas de experiência, Vânia já comandou grandes produções como O Rei Leão, My Fair Lady e Mudança de Hábito. Em nossa conversa, ela compartilhou como as lições do palco podem ser aplicadas na gestão de equipes corporativas, mostrando que o mundo artístico tem muito a ensinar sobre liderança.

“Escolher as pessoas certas e entender o perfil ideal para cada função é essencial, seja numa orquestra ou numa equipe de trabalho,” explica Vânia. Com formação em Regência e Piano pela UNICAMP, e uma carreira brilhante comandando produções como O Rei Leão e Evita, ela sabe que liderar é um equilíbrio entre disciplina, criatividade e inspiração.

Para Vânia, a liderança eficaz se desenvolve em três etapas: “Primeiro, é preciso ter uma visão clara do que você quer alcançar. Depois, vem a escolha da equipe que vai te acompanhar nessa jornada. E, finalmente, manter tudo funcionando no dia a dia, com equilíbrio entre os desafios técnicos e humanos.”

Vânia Pajares foi uma das palestrantes do congresso da ABMRA (Foto: Reprodução)

Ela também fala sobre a busca pela perfeição, tão comum em ambientes de alta performance. “Claro, errar o menos possível é importante, mas não a ponto de esgotar as pessoas. Cuidar da saúde emocional é fundamental para evitar o burnout. Hoje, está mais claro do que nunca que saúde mental é tão importante quanto a física.”

Uma das suas dicas para evitar o desgaste? Manter a vida profissional em harmonia com a pessoal. “Ter um tempo para lazer, família e hobbies faz toda a diferença. A disciplina é importante, mas sem um espaço para relaxar, a busca pela perfeição pode acabar pesando demais,” recomenda.

Vânia reforça que a verdadeira liderança não se resume a cobrar resultados, mas em criar um ambiente onde a equipe pode dar o seu melhor sem comprometer o bem-estar. “A disciplina e a busca pela perfeição são partes essenciais do processo, mas só funcionam a longo prazo quando combinadas com um cuidado genuíno com as pessoas. Um líder deve inspirar, oferecer suporte e incentivar o cuidado com a saúde emocional de todos,” conclui, mostrando como uma gestão bem-sucedida une alta performance e equilíbrio humano.

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