Após enfrentar altos custos de produção e incertezas econômicas, a avicultura brasileira entrou em um período de estabilidade em 2024. No cenário internacional, o setor avícola está otimista com o aumento das exportações, graças à abertura de novos mercados como Argélia, Butão e Polinésia Francesa, além da ampliação de mercados existentes como Reino Unido, Filipinas, Chile e Egito.
No mercado interno, houve uma recuperação gradual dos níveis de consumo, acompanhada de um equilíbrio nos custos de produção. “A princípio, esperamos para este primeiro semestre (2024) incrementos leves nos níveis de produção e exportação de carne de frango”, adianta o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Os dados finais dos primeiros seis meses e as projeções para o segundo semestre serão atualizados em uma coletiva programada para o dia 31 de julho.
Embora o setor tenha alcançado estabilidade, enfrentou desafios significativos, como a vigilância rigorosa contra a Influenza Aviária em aves silvestres, mantendo o Brasil como o único grande produtor com avicultura industrial livre da doença. No entanto, a redução de berços de atracação em portos estratégicos, como Santos (SP), Paranaguá (PR), Navegantes (SC) e Itajaí (SC), dificultou a logística das exportações.
“Mas, o grande fator deste ano é o impacto da tragédia climática e humana ocorrida no Rio Grande do Sul. As perdas produtivas e logísticas ainda são sentidas no Estado. A reconstrução será um processo demorado e oneroso, mas temos confiança na resiliência do povo e na avicultura gaúcha para a superação desta triste página da história do Estado e do País”, afirma Santin.
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