João Paulo Monteiro, de Chapecó (SC)
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Diante da crescente demanda por alimentos globalmente e das questões climáticas, é possível afirmar: “A pecuária é parte da solução”.
Quem confirma é Fernando Cardoso, pesquisador e chefe geral da Embrapa Pecuária Sul. O especialista foi um dos palestrantes do 2º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte, que reuniu na manhã desta terça (07), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, em Chapecó (SC) especialistas e profissionais do setor.
Como argumenta Cardoso, embora os bovinos emitam metano devido à digestão de fibras, essas não são utilizadas para a alimentação humana.
E ainda, o ciclo do metano se decompõe na atmosfera e volta como CO2, o qual é capturado pelas pastagens. Quando as pastagens são manejadas de maneira eficaz, ocorre um balanço favorável, com maior fixação de carbono do que emissão, especialmente em sistemas integrados com florestas e lavouras.
“A pecuária é capaz de transformar recursos não destinados à alimentação humana em alimentos de alta qualidade, como carne e leite, fundamentais para a nutrição”, afirma o pesquisador.
E nessa busca por uma atividade cada vez mais sustentável, o melhoramento genético desempenha um papel relevante, pois, dentre outros, proporciona resistência a doenças, melhor eficiência e um produto final de qualidade superior.
O cenário visualizado por Cardoso é de oportunidade para os produtores brasileiros se destacarem globalmente no desenvolvimento de genética em raças taurinas. Nesse contexto a Embrapa colabora ao fornecer conhecimento e ferramentas para acelerar o avanço genético.
“Apoiamos fornecendo orientações, testes genômicos, programas de melhoramento e ferramentas de acasalamento. Isso para que o produtor tome as melhores decisões possíveis e a nossa genética avance de forma mais rápida”, afirma.