O agronegócio representa quase 25% do PIB brasileiro, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgados em março deste ano. E, em 2022, as exportações do setor somaram US$159,09 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, uma alta de 32% em relação a 2021. Esses são dados que reforçam, e muito, o movimento de transformação tecnológica que os produtores têm adotado e a importância que o tema sobre sustentabilidade tem tomado por conta da relevância do Brasil como um grande exportador de alimentos global.
Por ser um dos principais pilares da economia do Brasil e contribuir para alimentar a população mundial – que, de acordo com a ONU, pode chegar a 8,5 bilhões de pessoas em 2030 – a cadeia do agronegócio tem tudo o que é preciso para ser a verdadeira referência agroambiental.
Toda essa evolução e modernização fez com que o agronegócio crescesse e mudasse de patamar, com um ganho de escala sem precedente nos últimos anos. Tudo isso, no entanto, também exigiu e exige que os produtores tenham que se tornar melhores gestores e estar preparados para lidar com situações mais complexas e voláteis, que demandam habilidades complementares para gerir os negócios e continuar crescendo com rentabilidade e segurança.
A sucessão da gestão dessas empresas é um desses fatores de preparação. Nesse setor, é muito comum que a perpetuação dos negócios seja feita entre as gerações das famílias e o plano de lideranças é a principal preocupação para 54% das empresas rurais brasileiras, de acordo com a pesquisa “Governança no Agronegócio: Percepções, Estruturas e Aspectos ESG nos Empreendimentos Rurais Brasileiros”, realizada em 2022 pela consultoria KPMG e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Os dados trazem ainda que somente 31% dos entrevistados pensam em desenvolver programas de treinamento para os novos líderes. Mesmo assim, 85% afirmam que precisam criar processos de governança corporativa.
Acontece que na maioria das empresas familiares, as novas gerações acabam percebendo o papel futuro de liderar a empresa como algo certo, uma vez que eles já serão herdeiros do negócio. Isso pode gerar falta de preparação e experiência para assumir cargos de diretoria e presidência num contexto tão complexo. Adicionalmente, a falta de uma sucessão bem estruturada é um dos maiores fatores de risco de continuidade do negócio.
Considerando esses desafios, e acreditando que a formação da nova geração de líderes é parte fundamental para o sucesso do agronegócio brasileiro, há 16 anos o Rabobank criou o programa AgroLíderes. Este programa combina transferência de conhecimento especializado do setor com as suas conexões globais do banco, o que só um banco com foco na cadeia de produção de alimentos presente em todos os continentes pode promover. O objetivo é oferecer
um conteúdo robusto e prático para capacitar os novos líderes e auxiliá-los no processo de formação. Além de proporcionar vivência em ambientes que promovam ferramentas e um intenso networking com outros produtores rurais para que possam se inspirar e acelerar seus próprios negócios.
É um programa de longo prazo, de muito sucesso por ser completo e por abordar temas muito relevantes que vão desde gestão de caixa, política de comercialização, gestão de custos e política de gestão de risco, gestão de pessoas, gestão financeira e análise de investimentos até a gestão de sustentabilidade neste novo contexto de emissão de carbono, tema abordado em 2023, na viagem para a sede do banco na Holanda.
O Rabobank acredita que ter as próximas gerações envolvidas e mais preparadas para desempenhar um papel técnico e multifuncional, trará longevidade e sustentabilidade ao agronegócio brasileiro e ajudará a manter o protagonismo na produção de alimentos no cenário global.
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