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Brasil sugere proposta para expansão do acordo Mercosul-Índia

País mais populoso do mundo oferece oportunidades para a indústria e o agronegócio brasileiro
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O governo brasileiro deve levar aos países do Mercosul a proposta de realização de um estudo de viabilidade para expansão do acordo Mercosul-Índia, celebrado em 2004. Na próxima semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançará uma consulta pública para obter contribuições sobre essa expansão junto ao setor produtivo brasileiro, academia e sociedade civil.

A possibilidade de ampliação do acordo foi debatida entre os representantes do governo brasileiro e indiano na última quarta-feira (04), durante a 6ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral entre os dois países, no MDIC.

“Estamos buscando a diversificação de parcerias comerciais, trabalhando em frentes que permitam a nossos produtos acesso a novos e promissores mercados”, explicou a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.

A Índia é o país mais populoso do mundo, com uma economia que cresce significativamente, oferecendo oportunidades para mais segmentos da indústria e do agronegócio brasileiro. Um mercado em potencial e possível para investimentos relevantes no Mercosul. Porém, em 2022, a corrente comercial entre o Mercosul e a Índia somou apenas 23,2 bilhões de dólares, representando 2,7% do comércio do bloco com o mundo.

O fluxo comercial bilateral, entre o Brasil e a Índia, foi de 15,2 bilhões de dólares no ano passado, e mesmo que tenha sido o recorde de valor, a Índia representa apenas 2% das exportações e 3,3% das importações ao Brasil, mostrando o comércio que ainda existe muito para expandir.

“Não faz sentido que seja tão incipiente. E menos ainda que 80% das nossas exportações estejam concentradas em três produtos (óleo de soja, petróleo e outro)”, destaca a secretária.

De acordo com Tatiana, o comércio bilateral de bens tem potencial para, pelo menos, dobrar até 2030, com a diversificação de produtos. Segundo a meta, os dois lados irão trabalhar para que o fluxo de bens e serviços possa atingir 50 bilhões de dólares em um futuro próximo.

Fonte: MDIC, adaptado pela equipe FeedFood.

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