Como medida incluída no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em parceria com os serviços veterinários locais e o setor agroprodutivo, São Paulo é o sétimo Estado brasileiro, além do Distrito Federal, a fazer parte da zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Com isso, a imunização dos rebanhos contra a doença será suspensa. Medida que deve gerar impacto positivo aos pecuaristas, segundo a Associação Nacional da Pecuária de Corte (Assocon).
Na visão da gerente Executiva da entidade, Juliane Gomes, a medida indica que o programa de combate à doença está gerando resultados efetivos. O último caso de febre aftosa registrado no Brasil foi em 2006.
Isso não significa, porém, que o produtor deve “relaxar”, ela conta: “Precisamos sempre estar atentos e seguir à risca o PNEFA para manter a doença distante do território nacional e assegurar o status sanitário do país. Mais do que manter animais saudáveis, isso significa alimentos seguros e maior lucratividade para os pecuaristas”.
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta o gado, causando febre, feridas na boca e nas patas, potencialmente resultando em graves prejuízos para a indústria da carne bovina.
Diante disso, o programa de erradicação e prevenção define critérios para que os estados façam a transição de status sanitário. O cumprimento desses critérios permite o pleito à suspensão do uso de vacinas. O Plano Estratégico do PNEFA está alinhado às diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
“O plano está fundamentado na avaliação contínua de indicadores monitorados de forma conjunta pelas equipes gestoras, que reúnem os setores público e privado, em âmbito estadual e nacional”, diz a especialista da Assocon.
Ela ainda acrescenta: “A meta é que todas as 27 unidades da federação façam parte da zona livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Atualmente, além de São Paulo, cumprem os critérios necessários para suspender a vacinação Acre, Rondônia, toda a região Sul e partes de Amazonas e Mato Grosso”.
Fonte: Assocon, adaptado pela equipe FeedFood.
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