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ABPA apresenta projeções para avicultura e suinocultura

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Gabriela Couto, da redação 

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) realizou na manhã desta quinta-feira (15), uma coletiva virtual de imprensa para divulgar as projeções do setor para a produção e as exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil. 

Logo no início, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirmou que 2022 foi um ano difícil em alguns aspectos, mas que a saída da pandemia de Covid-19 é um motivo para se comemorar e que espera que no próximo ano a coletiva possa ser presencial ou híbrida.  

Santin reforçou também o fato do Brasil nunca ter apresentado casos de influenza aviária e como isso auxilia nas exportações. “O fato de nunca termos registrado um caso de influenza aviária, faz com que o número de exportações aumente, pois, nosso produto é seguro confiável. Outra coisa que é importante lembrar, é que estamos preparados para enfrentar a influenza aviária, caso aconteça, não é o que desejamos, mas se acontecer, estamos devidamente preparados”, explicou. 

Carne Suína 

Sobre a produção de carne suína, Santin afirmou que deve encerrar 2022 com número entre 4,900 e 5,000 milhões de toneladas, um valor 6,5% maior que o atingido no último ano. E as exportações da carne devem encerrar o ano com, aproximadamente, 1,120 milhões de toneladas. Já a disponibilidade interna da proteína, segundo foi apresentado, aumentou em comparação ao número de 2021, se aproximando de 3,900 milhões de toneladas.  

“Esse ano tivemos a surpresa da abertura de outros mercados para exportação de carne suína, como o Canadá, por exemplo. Mas, por outro lado, tivemos a queda de exportação para a China, que se recupera da Peste Suína Africana, se encontra estabilizada e deve se recuperar no próximo ano, com o relaxamento de algumas medidas de restrições impostas por conta dos casos de Covid-19 no país”, contou Santin.  

O consumo per capita da carne suína no Brasil teve um aumento significativo em 2022, saindo de 16,7kg por habitante/ano em 2021 para 18kg per capita/ano. “A carne suína entrou no lugar da bovina, como uma substituição durante a pandemia, e acabou se tornando um hábito dos brasileiros”, justificou o presidente.  

Carne de Frango 

A produção de carne de frango deve fechar 2022 com um volume entre 14,450 e 14,500 milhões de toneladas e as exportações terão um aumento considerável de 5%, com embarques em torno de 4.850 milhões de toneladas.  

“Há uma demanda global crescente e Brasil será chamado para atender as necessidades. Esse crescimento já era projetado, mas os casos de influenza aviária e a guerra entre Rússia e Ucrânia, acabaram influenciando”, explicou Santin.  

Segundo a ABPA, o consumo da proteína será reduzido em 0,8%, passando de 45,5kg per capita /ano em 2021 para 45,1kg por habitante/ ano em 2022.  

A preocupação contínua com a influenza aviária, que está com foco ativo em mais de 40 países, fará com que a oferta global de carne de frango seja apertada neste resto de ano.  

Ovos 

Os dados apresentados pela ABPA mostram uma queda de 5% na produção de ovos de 2022, que atingiu 52,070 bilhões de unidades. O consumo da proteína também apresentou baixa neste ano, passando de 257 unidades por habitante/ano em 2021 para 241 unidades em 2022, uma diferença de 6%. Comparada com 2021, as exportações deste ano podem atingir uma baixa de 12%, com 10 mil toneladas embarcadas.  

Planos para 2023 

Para o próximo ano, segundo a ABPA, a perspectiva para a produção de carne suína é de que haja um crescimento de até 4%, podendo atingir em torno de 5,150 milhões de toneladas. No caso das exportações, terá uma ampliação de 12% no comparativo com o resultado apresentado em 2022, com embarques de 1,250 milhões de toneladas. 

Os dados apresentados pela ABPA, mostram que a disponibilidade interna da proteína suinícola também irá aumentar no próximo ano, alcançando em torno de 3,900 toneladas. O consumo per capita terá um avanço de 3% em relação a 2022, chegando perto dos 19kg per capita/ano.   

A carne de frango também apresentará avanço na produção em 2023, de acordo com os dados apresentados pela ABPA, a proteína poderá atingir de 14,600 a 14,750 milhões de toneladas. Já as exportações podem apresentar um aumento de até 5% no comparativo deste ano, com embarques de 5,200 milhões de toneladas.  

A disponibilidade interna da carne de frango deve aumentar em 2023, as informações divulgadas pela associação indicam aumento de 0,5%, com até 9,750 milhões de toneladas. O consumo per capita também irá avançar, chegando perto dos 45,5kg per capita/ano.