Receita, no entanto, sofreu quedas, aponta levantamento da ABPA
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou, a partir de levantamento realizado, o balanço das exportações brasileiras de carne de frango. De acordo com a entidade, o setor registrou alta nos 10 primeiros meses de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019.
Ao todo, foram embarcadas 3,498 milhões de toneladas entre janeiro e outubro deste ano, contra 3,490 milhões de toneladas no ano passado. Já em receita o balanço não foi tão positivo. As vendas do setor totalizaram US$ 5,066 bilhões, número 13% inferior ao registrado nos dez primeiros meses de 2019, com US$ 5,820 bilhões.
Principal destino. Os embarques têm como principal destino a China. Ao todo, foram exportadas 564 mil toneladas entre janeiro e outubro deste ano, número 24% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Outros destaques da Ásia são Coreia do Sul, com 109,5 mil toneladas (+7%), e Singapura, com 106,4 mil toneladas (+32%).
Entre os Estados, o Paraná segue como maior exportador, com 1,366 milhão de toneladas entre janeiro e outubro (+0,91%), seguido por Santa Catarina, com 808 mil toneladas (-26,3%), Rio Grande do Sul, com 559,8 mil toneladas (+19,9%) e Goiás, com 176,2 mil toneladas (+37,1%).
Outubro. Em relação ao mês de outubro foram exportadas 319,7 mil toneladas no décimo mês de 2020, número 9,4% inferior as 353 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2019. O resultado em dólares dos embarques de outubro alcançou US$ 446,8 milhões, número 21,2% menor em relação ao registrado no mesmo mês do ano anterior, com US$ 567 milhões.
Considerando apenas o destino do mês, a Arábia Saudita foi o principal destaque, com 44,9 mil toneladas embarcadas no período, número 22% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Outros destaques no mês foram União Europeia, com 21,2 mil toneladas (+29%) e África do Sul, com 23,3 mil toneladas (+5%).
“Apesar dos impactos sentidos pela falta do México e Filipinas nas vendas deste mês em relação a outubro de 2019, as exportações internacionais seguem, de forma geral, em patamares equivalentes ao verificado em 2019. A retomada gradativa dos embarques para a Arábia Saudita e o incremento dos volumes enviados para a Europa indicam maior capilaridade nos embarques do setor”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Fonte: ABPA, adaptado pela equipe feed&food.