A comunidade científica registrou muitos avanços no desenvolvimento de novas tecnologias de vacinas para animais e humanos nos últimos anos. Entre os principais avanços, a utilização de vacinas vetorizadas em aves se mostrou eficaz em controlar doenças e apresentou vantagens em relação às vacinas convencionais comumente utilizadas em animais e humanos.
As vacinas para aves, de maneira geral, devem apresentar fatores fundamentais de sucesso, como capacidade de induzir uma resposta imune protetora mesmo na presença de anticorpos maternos, eficácia com apenas uma dose e aplicáveis por métodos de vacinação em massa e serem economicamente viáveis para garantir a produtividade do avicultor. As vacinas veterinárias convencionais baseadas em patógenos atenuados ou inativados atendem a alguns desses requisitos, mas também têm desvantagens: em alguns casos, podem causar reações adversas, principalmente em aves jovens, e podem ser menos eficazes se houver anticorpos maternos presentes.
Já as vacinas vetorizadas funcionam de maneira diferente das convencionais e superam muitas dessas desvantagens. “Uma vacina vetorizada é um pouco como um ‘Cavalo de Tróia’, pois fornece proteção contra um patógeno ao usar um agente não patogênico como vetor para transportar genes protetores”, explica Michel Bublot, Líder de Projeto de Inovação Global da Boehringer Ingelheim.
Para produzir esse tipo de vacina, o gene protetor é clonado e inserido no genoma do vetor, que o transporta no organismo. Ao simular uma infecção natural, induz uma resposta imunológica no corpo. As vacinas vetorizadas têm várias vantagens sobre as vacinas convencionais. Elas geralmente não causam reações adversas, podem superar a interferência de anticorpos maternos e expressam um ou mais antígenos do patógeno, tornando mais fácil distinguir animais infectados de vacinados. Além disso, a tecnologia oferece flexibilidade com a possibilidade de combinar antígenos de diferentes cepas de um patógeno em um único vetor para imunizar amplamente contra uma doença, ou combinar os antígenos protetores de dois ou mais patógenos em um único vetor para imunizar contra várias doenças, produzindo o que é conhecido como vacinas multivalentes.
Benefícios para animais e humanos
À medida que a tecnologia se desenvolve, é provável que as vacinas vetorizadas continuem a desempenhar um papel significativo no controle de doenças existentes e novas, emergentes, não apenas em aves, mas também em outros animais. A Boehringer Ingelheim tem ampla experiência com vacinas vetorizadas utilizadas na medicina-veterinária, que podem contribuir para a inovação de vacinas para os seres humanos. “A utilização de vacinas vetorizadas em aves já é difundida há anos, com resultados animadores que podem ser adaptados para o desenvolvimento de vacinas para seres humanos. A inovação está no DNA da empresa, assim como o conceito de ‘One Health’, ou ‘Saúde Única’, em que a saúde dos animais está diretamente interligada à saúde dos humanos”, afirma Abílio Alessandri, diretor da área de Aves e Suínos da companhia no Brasil.
Um exemplo de vacina vetorizada da Boehringer Ingelheim Saúde Animal é a Vaxxitek® HVT + IBD, que protege as aves das doenças de Marek e Gumboro em aves e em 2019 celebrou o marco de mais de 100 bilhões de aves vacinadas desde o seu lançamento, em 2006. Em 2020, a empresa lançou no mercado nacional outra vacina vetorizada, a Newxxitek® HVT + ND, para proteção de aves contra as doenças de Newcastle e Marek. É a única vacina do mercado com o mesmo vetor da Vaxxitek® HVT+IBD, expressando o gene da proteína F de um vírus velogênico do genótipo IV, o que traz maior segurança aos desafios de vírus de campo.
Fonte: A.I.
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