As técnicas de sexagem em embriões ainda dentro de óvulos estão sendo implementadas na Europa para impedir o abate em massa de pintinhos, prática comum nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
A tecnologia, chamada In Ovo, visa evitar o abate de bilhões de machos. A Alemanha foi a primeira a acabar com esta prática, no início de 2022, seguida pela Áustria em julho do mesmo ano, e pela França no início de 2023.
Os incubatórios para cumprir com a proibição nestes países tentaram criar os machos para carne, com sucesso limitado, ou utilizar novos testes que descubram o sexo dos ovos para que os embriões machos possam ser eliminados antes de nascer.
“O problema de criar machos é que leva muito tempo e muita ração para fazê-los crescer até um tamanho que possa realmente abatê-los, e sua carne não é realmente utilizável, é muito dura”, explica o cofundador da empresa holandesa In Ovo, uma das cinco empresas que comercializaram recentemente testes para determinar o sexo do ovo.
A tecnologia In Ovo envolve fazer um pequeno furo na casca do ovo para extrair uma gota de líquido. Isso é executado em uma máquina de espectrometria de massa para medir os níveis de uma biomolécula chamada ASBA, que é maior nas fêmeas.
Segundo um estudo recente de pré-impressão, a técnica poderia identificar o sexo do embrião com mais de 95% de precisão já no nono dia da incubação dos ovos, que geralmente dura 21 dias para as galinhas.
É importante ressaltar que a sexagem ocorre antes que os embriões de galinha tenham a capacidade de sentir dor, até pelo menos o 13º dia, de acordo com um estudo realizado pela Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, que mediu a frequência cardíaca, a atividade cerebral, a pressão arterial e os movimentos de embriões de galinha em resposta a estímulos potencialmente dolorosos, como calor e eletricidade.
Fonte: Terra, adaptado pela equipe FeedFood.
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