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Seca e geada impactam qualidade dos grãos para ração bovina

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Além de trazer preocupação com os altos custos, a redução na produção de grãos no país causada pela geada e a seca também acendeu um alerta sobre a qualidade do milho e da soja produzidos. Isso porque as adversidades climáticas, que impactaram diretamente no ciclo de desenvolvimento das culturas, geraram maior exposição a pragas e doenças. Consequentemente, favoreceram o aparecimento de micotoxinas nestes cultivos, substâncias tóxicas produzidas por fungos que, quando ingeridas, podem reduzir o desempenho zootécnico dos animais.

“Esses estresses climáticos pelos quais as culturas passaram interferem e prolongam o ciclo da planta, o que dá mais oportunidade para fungos se desenvolverem. Os níveis de micotoxinas das amostras de rações que serão analisadas a partir de agora, têm a tendência de apresentar maiores valores. Aliás, já temos algumas análises com resultados que nos deixaram surpresos, que anteriormente não acreditávamos que podiam chegar em valores tão altos de contaminação”, alerta o doutor em nutrição de ruminantes Luiz Fernando Silva, gerente de pesquisas da Alltech.

Para superar esses desafios e buscar a máxima eficiência alimentar em bovinos de corte e leite, o especialista orienta o uso de adsorventes de micotoxinas à base da parede interna de levedura. “Essas soluções vão trazer uma segurança maior para o pecuarista, pois têm alto poder de adsorção. Além disso, têm alta afinidade apenas com as micotoxinas, não interagindo com minerais, vitaminas e outros componentes da ração. Sendo assim, o objetivo é reduzir ao máximo a interferência dessas substâncias tóxicas no organismo dos animais”, destaca.

Outra recomendação são os cuidados na conservação da planta de milho para silagem, por meio de produtos à base de ácido propiônico. “Dependendo de como é feito o armazenamento da cultura no silo, as perdas podem chegar entre 10% a 20%. Com a aplicação de aditivos conservantes para a alimentação animal, essas perdas podem chegar próximo a zero”, afirma. No caso da silagem para bovinos, a aplicação é realizada na parte superior do silo no momento do fechamento, onde há maior perda do material ensilado devido à maior exposição ao ar. Com o uso do ácido propiônico, ocorre redução do pH, o que irá impedir o desenvolvimento de fungos e, consequentemente, reduzir a possibilidade de produção de micotoxinas nesse momento, complementa Silva.

Já na armazenagem dos grãos, procedimento comum em cooperativas, o zootecnista orienta que a solução natural seja utilizada no momento em que o milho está sendo despejado na estrutura do silo. Dessa forma, é possível buscar uma homogenização dessa aplicação, mantendo o ambiente mais ácido e conservando a qualidade dos grãos, que posteriormente serão utilizados para a produção da ração.

Tecnologias disponíveis

Com o objetivo de contribuir para uma nutrição eficiente nesse período de desafios, o especialista indica o uso do Mycosorb A+, adsorvente de micotoxinas de última geração desenvolvido pela Alltech. O produto é composto por uma estrutura complexa de carboidratos insolúveis, que confere maior estabilidade de adsorção nos diferentes pHs ao longo do trato gastrointestinal. Para complementar, a utilização do Mold-Zap, aditivos conservantes à base de ácido propiônico para alimentação animal, também é recomendado.

Fonte: A.I.

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