A fim de exemplificar o atual cenário frente aos principais insumos agrícolas e proteínas animais, o grupo que analisa os dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e das Federações de Agricultura e Pecuária do Centro-Oeste, a Aliança Agroeconômica, divulgou o relatório agroeconômico do 1° trimestre de 2022, nesta segunda-feira (18).
O levantamento apresenta dados produtivos das principais culturas, como milho e soja, da produção de carne bovina e abate na região Centro-Oeste e no Brasil, preços dos principais produtos agropecuários e do frete. A publicação também apresenta o balanço das exportações do complexo soja, milho e carne bovina no primeiro trimestre de 2022.
Segundo o documento, o primeiro trimestre de 2022 foi marcado pelo início do conflito entre a Rússia e Ucrânia, que mexeu com o comércio internacional das commodities e dos fertilizantes e, consequentemente, impactou o Brasil, refletindo nos preços da soja e do milho no Centro-Oeste, assim como, no custo de produção do produtor.
De acordo com as informações divulgadas pela CNA, “nas exportações, o produto mais influenciado pelos conflitos foi o óleo de soja, que apresentou alta de 212,40% nos escoamentos no 1º trimestre de 2022 ante ao mesmo período em 2021, totalizando 220,050 mil toneladas exportadas”. Em relação às importações, os fertilizantes foram os mais adquiridos na região, totalizando 2,60 milhões de toneladas, o que corresponde a 59,09% das importações totais do Centro-Oeste para o período.
Ainda segundo a análise, os preços do milho e da soja no Centro-Oeste, até dezembro de 2021, apresentaram poucas oscilações. No Estado do Mato Grosso, as cotações dos dois principais insumos chegaram a alcançar queda de 1,3% e 4,7%, respectivamente, no último mês quando comparado a novembro do mesmo ano, como reflexo da queda na bolsa de Chicago (EUA).
Já em janeiro de 2022, tanto a soja como o milho, registraram valorização em todos os estados do Centro-Oeste, com destaque para a soja mato-grossense, que subiu 9,8%, e o milho sul-mato-grossense, valorizado em 13% frente a dezembro de 2021.
A Aliança Agroeconômica – Formada em 2018, a partir de uma cooperação técnica entre CNA, Instituto CNA (ICNA), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), a empresa tem como objetivo integrar ações de pesquisas e estudos no Sistema CNA/Senar do setor agropecuário.
Entre as ações do grupo está a elaboração do relatório agroeconômico do Centro-Oeste, material voltado para auxiliar o produtor rural em suas tomadas de decisão e atender demandas específicas do setor agropecuário, contribuindo para a eficiência na difusão de informações.
Para ter acesso ao relatório completo, acesse o link, clicando aqui.
Fonte: CNA, adaptado pela equipe feed&food.
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