A oferta deverá influenciar possíveis altas ou quedas dos preços da arroba e da carne ao decorrer de 2024, conforme informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira (05). Neste cenário, as exportações brasileiras de carne bovina devem seguir estáveis e a demanda interna deve ter recuperação.
Segundo os pesquisadores, a contribuição das vendas externas para o desenvolvimento da pecuária brasileira e sustentação dos preços domésticos está consolidada. A indústria brasileira se profissionalizou no atendimento a clientes em diferentes partes do mundo e encontra nos pecuaristas fornecedores de animais de acordo com os variados mercados.
No mercado doméstico, a inflação tende a estar controlada, e o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter pequena expansão. As condições macroeconômicas podem resultar em um aumento modesto da demanda pela proteína, como apontam os cálculos o qual o consumo de carne bovina in natura cresceria 1,79% em 2024. Frente ao encolhimento do consumo interno nos últimos anos, apesar de pequeno, o avanço é positivo.
O consumo ainda poderá melhorar caso a arroba do boi seja valorizada, considerando que reduções dos preços elevam as vendas no varejo.
Na oferta, a partir do mês de março, a sazonalidade anual mostra que o volume disponibilizado costuma aumentar, gerando pressão sobre os valores. A quantidade de animais para abate no primeiro semestre deste ano também poderá ser reforçada por vacas que não foram empenhadas anteriormente.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe FeedFood.
PIB do agro tem avanço acumulado de 0,5% em 2023