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PIB do agro recua 0,65% no acumulado do ano

PIB do agro recua 0,65% no acumulado do ano Desempenho está ligado à alta de custos e também às quedas nas demandas
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Foto: reprodução
Desempenho está ligado à alta de custos e também às quedas nas demandas

Segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o PIB do Agronegócio Brasileiro apresentou estabilidade em novembro, com leve baixa de 0,02% no mês.

A pesquisa, feita em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), aponta que no acumulado de janeiro a novembro, o cenário segue negativo para a renda do setor, com queda de 0,65%. 

O desempenho da renda gerada no agronegócio em 2018 está ligado à elevação de custos de produção nos segmentos primários agrícola e pecuário e às quedas principalmente relacionas à demanda verificadas em diversos segmentos e atividades do ramo pecuário, que impactam sobremaneira sobre as margens e demanda do segmento de serviços.

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As projeções para 2018 do PIB-volume do agronegócio, calculado pelo critério de preços constantes, seguem apontando crescimento, em todos os segmentos. O PIB-volume do agronegócio deve crescer 2,07% em 2018, com altas de 5,00% para insumos, de 0,58% para o segmento primário, de 2,30% para a agroindústria e de 2,50% para os agrosserviços (Foto: reprodução)

No ramo agrícola, em novembro, houve baixa apenas para o segmento primário – mesmo movimento verificado para o acumulado do ano. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, apesar da recuperação dos preços agrícolas ao longo de 2018 e da esperada elevação na produção, com alta no faturamento de produtos importantes em termos de valor de produção, como algodão, soja e trigo, o incremento nos custos de produção, com destaque para os preços dos fertilizantes e do diesel, ainda mantêm o segmento em baixa no que se refere à renda.

Quanto ao ramo pecuário, pesquisadores do Cepea/CNA destacam que a demanda interna enfraquecida e a restrição de importantes mercados externos destinos da carne brasileira influenciaram os preços com maior intensidade ao longo do ano. Porém, a competitividade da proteína brasileira no mercado externo surtiu efeitos favoráveis às exportações da carne desde setembro, notadamente com destinação a mercados asiáticos, o que resultou em certa sustentação de preços e recuperação da indústria do abate (no acumulado do ano, porém, o resultado segue negativo). O segmento primário do ramo pecuário também sofreu impactos do incremento de custos de produção, com destaque para a elevação do preço do milho no período.

Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.