Natália Ponse, da redação
Como o Brasil é considerado o País do agronegócio, é natural que se desenvolvam instituições voltadas exclusivamente a este ensino. No Brasil, segundo o último levantamento do Censo da Educação Superior, realizado em 2014 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep, Brasília/DF), existem 286 instituições que provêm cursos sobre o universo da Produção Agrícola e Pecuária, 30 instituições com cursos relacionados a Recursos Pesqueiros, e 182 que garantem formação em medicina veterinária.
A Faculdade de Tecnologia CNA (Brasília/DF), por exemplo, foi criada em 2014 pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA, Brasília/DF). A faculdade atua na graduação, oferecendo inicialmente o curso superior de Tecnologia do Agronegócio, no formato presencial, além de cursos de pós-graduação lato sensu e extensão em diversas áreas. Atualmente também são oferecidos cursos à distância, que também conta com prática de campo.
Criada em 1975, a Faculdade de Zootecnia de Uberaba (FAZU, Uberaba/MG) oferece cursos de graduação (presenciais) e pós-graduação (à distância e semipresenciais). A instituição oferece também cursos de extensão e eventos relacionados ao agronegócio. As aulas práticas podem ser realizadas na propriedade da FAZU, que também disponibiliza espaço para experimentos nos laboratórios e uma biblioteca para pesquisas acadêmicas.
Desde 2002, o Rehagro (Belo Horizonte/MG) atua no desenvolvimento de profissionais para o setor, abrangendo bovinocultura de corte e leite, agricultura de grãos e outros. Professores transmitem conhecimentos teóricos e práticos e já formaram mais de 10 mil pessoas. Os cursos incluem capacitação, pós-graduação e ensino a distância, sobre os mais variados assuntos. Além destes, a instituição também oferece cursos corporativos e palestras.
Seguindo uma linha mais diferenciada, a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon, Goiânia/GO), também partindo do princípio da importância da atividade para o País, realiza há seis anos o projeto Escola de Pecuária Intensiva. A ação, no entanto, é voltada aos colaboradores de fazendas pecuárias (peão, capataz, auxiliar de escritório, gerente), pecuaristas de pequeno, médio e grande porte, técnicos e lideranças locais. Segundo a Assocon, mais de 1300 funcionários já foram capacitados pelos treinamentos itinerantes. O projeto que já foi realizado em 20 diferentes cidades, e neste ano, a programação acontece nos Estados de Goiás, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul, começando em fevereiro e seguindo até o final de novembro. Em três dias de curso, sendo dois teóricos e um prático.
Além destas, a probabilidade é que o número de instituições agro cresça cada vez mais. Com a extensão dos mercados internacionais, o Brasil terá um compromisso cada vez maior para com a produção alimentar, o que, com certeza, deverá aumentar a demanda por profissionais qualificados.
Na próxima matéria da série “Ensino agro”, confira quais os assuntos que compõem as grades curriculares dos cursos que envolvem o setor.