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Oferta global de grãos poderá alcançar até 2,9 bi de toneladas

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De acordo com as previsões do International Grain Council (Grain Market Report 539 – 2023, January 12nd), a oferta global 2022/2023 de grãos poderá alcançar quase 2,9 bilhões de toneladas (safra de 2,256 bilhões + estoque de 0,596 bilhão), enquanto a demanda aproxima-se de 2,3 bilhões, resultando em estoque de passagem de 577 milhões de toneladas (figura 1).

Já o levantamento para a mesma safra, elaborado pelo Departamento de Agricultura dos EUA/USDA (World Agriculture Supply and Demand Estimates – 2023, January 12nd), prevê colheita de aproximadamente 2,7 bilhões de toneladas de grãos e estoque de passagem resultante de 761 milhões de toneladas (figura 2).

A despeito das diferenças apuradas nos relatórios, os estoques globais seguem retrocedendo de 2020 para cá, enquanto a redução mais recente é influenciada pelo recuo da oferta de milho (figura 3), em parte, na Argentina por causa da diminuição da área plantada, e no Brasil, motivado pela estiagem que comprometeu severamente a produtividade da primeira safra na região Sul.

No caso da soja, a previsão de esmagamento é reduzida (figura 4), principalmente, na Argentina, em consequência da menor oferta da oleaginosa, e também pelo ritmo mais lento na China, enquanto a maior oferta do farelo brasileiro pode reservar alguma compensação.
 

A indústria de alimentação animal brasileira consumiu no ano passado mais de 50 milhões de toneladas de milho e algo em torno de 18 milhões de toneladas de farelo de soja. Aliás, ambos insumos representaram mais de 75% do custo da alimentação de aves e suínos, por exemplo. Os preços desses insumos (entre dezembro/22 e a média resultante do intervalo entre janeiro/15 e janeiro/19; praticados no Estado de São Paulo) avançou ao redor de 150% (figura 5).

Já o efeito (dos mesmos pressupostos da supramencionada simulação) sobre o custo hipotético em dólares das rações para frangos de corte e suínos, resultou em incremento de 45% e 60%, respectivamente. Contudo, o avanço em Reais/tonelada escalou mais de 120% e 140% (figura 6).

Apesar da persistência dessa desvalorização cambial demasiada, a expectativa é que o custo de produção das rações seja aliviado pelo incremento na produção do milho e da soja, que deve avançar 14,5% e 10,5%, respectivamente, na super safra de mais de 300 milhões de toneladas, prevista pela Conab. Resta agora torcer para a evolução da lavoura e que os efeitos climáticos vindouros não comprometam sua produtividade.

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