João Paulo Monteiro, de Cancún (México)
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Como alcançar a sustentabilidade na produção de alimentos? “Juntos”, responde a Head global de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Rabobank, Brenda de Swart. E ela prossegue: “Precisamos trabalhar alinhados, olhando a cadeia de valor como um todo e aplicando ciência”.
Durante o World Nutrition Forum, evento global realizado pela DSM, a profissional compartilhou com os cerca de 800 participantes a visão do banco acerca do tema.
O Rabobank, como esclarece Swart, assim como a cadeia produtiva em geral, está em processo de aprendizado de cálculos de emissões de metano, além de riscos financeiros e climáticos. “O nosso impacto principal enquanto banco se resume a escolhas, ou seja, sobre o que financiar ou não”, afirma.
Por exemplo, um projeto onde a energia provém de carvão não será financiado. Contudo, na agropecuária a abordagem é diferente. “Acreditamos na transição”, ela reforça e resume: “Incluímos critérios de sustentabilidade nos produtos que oferecemos e, como especialista em alimentos, entendemos que uma mudança imediata é difícil no setor”, explica a profissional.
O que isso quer dizer? A executiva detalha: “Temos que apoiar os nossos clientes a transacionarem para um negócio mais sustentável; ou seja, ao invés de simplesmente parar de financiar os produtores, vamos buscar ajuda-los a lidarem com as emissões”.
Diante da complexidade e dificuldade de trabalhar com toda a cadeia produtiva, o qual inclui produtores, varejistas, processadores, dentre outros, o grande desafio reside no monitoramento e rastreabilidade.
“Precisamos contabilizar onde estão as emissões na cadeia de suprimentos e, a partir disso, entender quais as tecnologias e soluções de manejo devem ser tomadas para reduzirmos as emissões na cadeia de valor”, relata. E ainda, como frisa Swart, ter dados é fundamental: “Precisamos dessas informações sobre emissões, e elas não podem se perder no trajeto até chegar ao consumidor”.
Para tornar realidade este discurso, todos precisam assumir o compromisso e contribuir com os investimentos necessários, principalmente na fase inicial da cadeia de valor. Alguns exemplos foram citados pela executiva, como contratos entre fornecedores, produtores e compradoras, de forma que exista uma redução de risco para os produtores rurais. “Esta é uma das maneiras de eles realizarem os investimentos necessários, tendo os impactos no clima que tanto precisamos alcançar no setor”, finaliza.
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