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Ministros alinham propostas para produção sustentável e combate ao desmatamento

MAPA apresentará na COP 28 o programa de conversão de pastagens de baixa produtividade
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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para alinhar as propostas que poderão ser trabalhadas em conjunto pelas pastas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28), nesta terça-feira (14). A COP 28 será realizada entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), apresentará na Conferência, como um dos programas, a conversão de pastagens de baixa produtividade, que visa intensificar a produção de alimentos de forma sustentável, sem avançar sobre as florestas e áreas preservadas, aumentando a área de cultivo do País por meio da recuperação de pastagens degradadas ou de baixa produtividade, já estudadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“O Brasil pode ser uma potência florestal, uma potência hídrica e uma potência agrícola. Nós estamos preocupados com a segurança alimentar do nosso país, ainda temos 33 milhões de pessoas pobres, mas podemos dar uma contribuição para o mundo e queremos fazer isso com sustentabilidade econômica, ambiental e social. Esse trabalho que eu, o ministro Fávaro e as nossas equipes estão trabalhando”, relatou a ministra do meio ambiente.

O Plano Safra 2023/2024 é o exemplo desse trabalho em conjunto entre ambos os ministros, prevendo incentivo com melhores taxas de juros para os produtores que apliquem e intensifiquem as boas práticas. Contudo, a política ambiental do governo federal já tem refletido positivamente no comércio agropecuário, retomando a credibilidade do País no compromisso com o combate ao desmatamento ilegal e consequentemente, nos produtos da agropecuária brasileira.

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Incentivo às boas práticas e combate aos crimes ambientais serão aliados na intensificação da produção de alimentos no Brasil (FOTO: REPRODUÇÃO)

Através do programa de conversão de pastagens, o mesmo já incremento nos últimos 50 anos, será possível incorporar até 40 milhões de hectares de área de cultivo e sistemas de Integração Lavoura-Pasto-Floresta (ILPF) em apenas 10 anos.

“O Brasil, como diz o presidente Lula, pode ser um grande exportador de sustentabilidade em todos os setores e no setor agrícola, com certeza nós temos todas as condições de sair de um modelo predatório para o modelo inteiramente sustentável, aumentando produção por ganho de produtividade, sem precisar mais avançar sobre áreas com floresta”, destacou Marina.

Enquanto nos últimos cinquenta anos, se registrava o aumento de 140% das áreas de plantio, a produtividade teve crescimento de 580%, se tornando uma das maiores exportadoras de alimentos do mundo, devido à pesquisa, domínio da tecnologia, gente vocacionada e, principalmente, o clima propício.

Já para o ministro Fávaro, “o produtor tem dois caminhos: o risco do comando de controle do embargo e todas as repreensões por desmatamento legal ou o do incentivo para fazer sua atividade se intensificar, crescer sobre áreas degradadas, com potencial de sequestrar carbono, produzindo mais e oferecendo aos mercados mais exigentes produtos com valor agregado”.

Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.

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