O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu que o Brasil e os Estados Unidos estão entre os principais responsáveis pelas soluções de três das maiores preocupações atualmente no mundo, como a segurança alimentar, energética e as mudanças climáticas.
A afirmação de Alckmin ocorreu na segunda-feira (06), durante abertura do 21º MDIC-DoC, mecanismo bilateral que reúne o MDIC e o Departamento de Comércio (DoC) dos Estados Unidos para discutir e encaminhar soluções que promovam a facilitação e a segurança das trocas comerciais entre ambos países.
“Quem vai produzir? Nós dois, Brasil e Estados Unidos. Seja a rota do óleo vegetal, seja a rota do etanol, mas é por onde virá uma solução para uma das questões mais importantes, que é a descarbonização”, afirmou Alckmin, sobre as oportunidades que se multiplicam a partir da necessidade de substituir o querosene dos aviões por combustível como fonte de energia mais limpa.
O vice-presidente ainda relembrou que energia e alimento se complementam, sendo que a produção de um leva a do outro. Alckmin mencionou o início da construção de um complexo industrial da empresa Inpasa em Balsas, no Maranhão, em que diante da produção de etanol anidro, produz-se também o DDGS, fonte de energia e proteína para nutrição animal e óleo de milho utilizado como indutor energético na fabricação de rações e biodiesel.
Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, reforçou o posicionamento de Alckmin. Para ele, pela primeira vez, vê-se a América Latina não apenas demandando ajuda (investimentos e financiamentos) ao resto do mundo, mas como sendo demandada pelo resto do mundo em relação ao que a região pode oferecer. E citou como exemplos a biodiversidade e proteção da natureza, em questões climáticas e segurança alimentar.
“Só a Amazônia já produz 3 bilhões de bioprodutos com potencial de chegar a 8 bilhões em algumas décadas. Mas tem que saber aproveitar. A Amazônia é chave fundamental nessa estratégia”, relatou Goldfajn, sobre a possibilidade do Brasil ser um dos líderes globais na defesa da natureza e da biodiversidade com um potencial enorme na bioeconomia.
A abertura do evento também contou com a presença da embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, o CEO da Amcham, Abrão Neto, a diretora executiva Américas da US Chamber, Renata Vasconcellos, e o presidente da Sessão Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, José Serrador Neto.
Fonte: MDIC, adaptado pela equipe FeedFood.
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