ABPA, ABCS e CNA estão entre entidades que coordenarão a comissão
Apesar do risco da entrada da Peste Suína Africana (PSA) ser considerada baixa, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), uma comissão técnica foi criada para debater ações preventivas à doença. A primeira reunião está prevista para dezembro, quando os integrantes irão avaliar as ações adotadas até o momento.
A Comissão Técnica Consultiva para a Prevenção da Peste Suína Africana (Comissão PSA) foi instituída por meio da Portaria 273, assinada pela ministra Tereza Cristina. A comissão será coordenada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA, com a participação das entidades de criadores: Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Além dos grupos participantes, mais integrantes poderão ser incorporados para auxiliar nas ações do plano, como o Fórum Nacional dos Executores de sanidade agropecuária (Fonesa), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindcan).
De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes, a comissão é importante para aperfeiçoar a execução das atividades do Serviço Veterinário Oficial e as ações em parceria com a iniciativa privada.
Ações preventivas. O Ministério já adotou uma série de medidas para impedir a entrada da doença no País. Entre as medidas estão orientações voltadas aos serviços veterinários estaduais, com o objetivo de fortalecer a vigilância dos animais.
A fiscalização do descarte adequado de resíduos alimentares provenientes de aeronaves comerciais e navios também foi reforçada. O cumprimento dos requisitos sanitários para importação de suínos vivos, material genético, produtos, subprodutos e insumos foi intensificado por meio de maior agilidade no envio e análise de amostras para diagnóstico provenientes da vigilância para síndrome hemorrágica dos suínos.
Além disso, a Secretaria de Defesa Agropecuária está revendo procedimentos e revisando os Certificados Sanitários Internacionais (CSI) necessários ao comércio de produtos de origem animal. Foram atualizados todos os procedimentos de importação de produtos animais e de risco relacionados à doença, principalmente nas áreas com maior incidência.
Os profissionais do MAPA participaram de treinamentos em laboratórios internacionais de referência para aplicação dos conhecimentos na rede de laboratórios oficiais do Brasil. “Nós autorizamos importação de cepas do vírus da PSA para fortalecer o diagnóstico no país e avançar na implantação das técnicas de diagnóstico do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) com biossegurança. Pretendemos ser referência para a doença na América do Sul. Na verdade, a cepa é utilizada para padronizar e validar testes laboratoriais para identificação de vírus comparando com amostras colhidas no País”, informa o diretor Geraldo Moraes.
No caso das granjas, a orientação, segundo Moraes, é tornar mais rígido o acesso de pessoas, veículos e materiais aos locais. “Também deve-se atentar para medidas que impeçam o contato com suínos asselvajados de vida livre e outras espécies consideradas de risco para a suinocultura comercial. As ações vão desde a instalação de cercas e telas de proteção, procedimentos efetivos de combate a roedores e insetos, câmaras de compostagem dos dejetos, com os reservatórios de água protegidos e fechados, entre outras”, explica o diretor.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.