João Paulo Monteiro, da redação
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O banco BTG Pactual realizou, nesta quinta-feira (17), a 4ª edição do AgroForum com o tema “Futuro em Desenvolvimento”. Durante a tarde, o bloco “O Momento do Setor de Proteínas” reuniu influentes executivos e discutiu um tópico crucial: a sustentabilidade.
Ricardo Faria, presidente do Conselho da Granja Faria, deixou claro como a questão deve ser encarada não como uma mera retórica, mas, sim, como uma obrigação. Eduardo Miron, CEO do Frigol, complementou essa visão e destacou como a sustentabilidade não é mais uma escolha, mas é imperativa para a sobrevivência das empresas.
Ainda, Miron salientou como muitas das ações neste sentido passam despercebidas pela sociedade. Para ilustrar esse ponto, o CEO compartilhou uma conquista do Frigol no Estado do Pará: “Somos a única empresa que alcançou 100% de conformidade nas auditorias de fornecedores diretos e fomos pioneiros na adoção do protocolo do Cerrado”.
Outro painelista foi Gilberto Tomazoni, CEO da JBS. O executivo destacou a sustentabilidade como central na estratégia da JBS, indo além do monitoramento de fornecedores diretos. O desafio, ele compartilhou, é lidar com os indiretos, uma vez que as informações sobre essas cadeias são limitadas.
Para minimizar esse problema, a JBS desenvolveu uma estrutura de blockchain, incentivando os fornecedores indiretos a compartilharem informações de forma voluntária. Além disso, em caso de irregularidades, a JBS não se limita a suspender as compras, mas oferece suporte aos fornecedores para corrigir as questões.
São 20 escritórios com o objetivo de auxiliar os fornecedores a se adaptarem às normas legais, proporcionando financiamento e assistência técnica. “É uma questão de dinheiro e conhecimento fazer essa transação”, confirmou.
Tomazoni informou que a JBS já auxiliou 6.500 fazendas (totalizando 1,7 milhão de hectares) a saírem da ilegalidade e se regularizarem.
Por fim, o CEO da JBS enfatizou a importância da busca pela sustentabilidade: “Uma produção sustentável não só aumenta a produtividade em até 40% na mesma área, mas também possibilita a captura de carbono, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas”.
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