Wellington Torres, do Rio de Janeiro
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Ao dar continuidade às palestras sobre doenças virais e bacterianas, imunologia e vacinologia e produção e inovação dentro da suinocultura mundial, o International Pig Veterinary Society Congress (IPVS) apresenta um segundo dia robusto. O evento, que ocorre no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), tem programação confirmada para até esta sexta-feira (24), tendo sido iniciado na terça-feira (21).
Durante a parte da manhã, as palestras ‘Vírus da peste suína africana: Perspectivas de uso do conhecimento sobre o vírus para melhorar o controle dessa ameaça global do ponto de vista do diagnóstico’ por Carmina Gallardo, ‘O caminho a seguir para o controle de Mycoplasma’, por Maria Pleters, ‘Resposta imune após vacinação – peculiaridades do sistema imunológico suíno’, por Armin Saalmueller e ‘Aplicando alimentação de precisão em fêmeas de alta produção’, por Bruno Silva, foram apresentadas.
Para parte da tarde, a programação é composta por ‘vacinação contra Peste Suína Clássica – desafios e soluções’, por Sandra Blome, ‘Interações entre microbioma intestinal e viroses respiratórias’, por Megan Niederwerder, ‘Passado, presente e futuro da reprodução de suínos’, por Robert Knox e ‘Digitalização, dados de produção e internet relacionados à suínos. O futuro está agora com veterinários especialistas em suínos’, por Carlos Piñero.
A programação do dia também conta com apresentações orais de trabalhos, simpósios de empresas parceiras e confraternização temática, com foco na cultura brasileira.
Um novo modo de se produzir
Estar atento ao desenvolvimento animal dentro da cadeia produtiva suinícola é de suma importância para que o setor mantenha sua robusta pungência, o que exige um olhar mais cuidadoso a nutrição das fêmeas, principalmente nos períodos de gestação e lactação.
Neste cenário, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bruno Silva, responsável por apresentar a palestra intitulada ‘Aplicando alimentação de precisão em fêmeas de alta produção’, reforçou a importância da atenção individual dada aos animais.
De acordo com ele, não se pode alimentar todos, entre jovens e adultos, da mesma forma, sendo necessário levar em consideração a dinâmica digestiva de cada um, o que potencializa o resultado desejado dentro das granjas. As formas de alimentação e a composição de alimento devem estar baseadas em “como, quando e quanto”.
“A importação do conhecimento da nutrição de precisão está no fato de que nós precisamos atender à exigência dinâmica desse animal de alta produção. Se continuarmos insistindo em alimentá-lo da mesma forma – como fazemos há 20 anos – teremos cada vez mais problemas nos sistemas de produção”, afirma.
Entre os entraves citados por Silva, estão questões sanitárias, produtivas e de mortalidade, uma vez que “as fêmeas de hoje possuem uma exigência nutricional muito superior, assim como apresentam uma dinâmica totalmente diferente da que era observada antes”, alerta.
Para o mercado atual, ele reforça que precisa ter entendimento que a mudança é necessária, se o desejo é maximizar o potencial genético dos animais. “Para isso, se faz necessário focar no investimento da nutrição de precisão, trabalhando a dinâmica nutricional, usando tecnologia”.
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