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SUINOCULTURA

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Higienização a seco apresenta bom desempenho na suinocultura

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A redução do desafio sanitário na produção de suínos é fator-chave para um bom desempenho dos leitões. Dessa forma, ações que visem reduzir a pressão de infecção e busquem a melhoria da condição ambiental são fundamentais. Ambientes com alta concentração microbiológica, presença de pó e gases nocivos, como amônia, causam impactos na saúde dos animais e também das pessoas que mantenham contato constante com os mesmos.

Como medida para tornar o ambiente adequado aos animais, aplicam-se programas de limpeza e desinfecção com a utilização de água e soluções desinfetantes. No entanto, este procedimento é executado somente após a retirada de um lote de animais da instalação de produção. Para facilitar esse processo, o protocolo de higienização a seco pode ser aplicado na presença dos animais, atuando mesmo frente à matéria orgânica presente no ambiente.

O conceito está consolidado em muitos sistemas de produção europeus e tem demonstrado ótimos resultados em situações em que há baixo período de vazio sanitário e alta pressão de infecção. A possibilidade do conceito da higienização a seco ser aplicado na presença dos animais é o grande diferencial frente aos programas de desinfecção convencionais, pois com a otimização do tempo outras ações necessárias podem ser priorizadas.

No sistema de produção de suínos, por exemplo, o conceito da higienização a seco tem sido colocado à prova em diferentes desafios. Por não possuir nenhum componente ativo específico (desinfetante ou antimicrobiano), o produto direcionado à higienização a seco não apresenta risco de toxicidade ou irritabilidade aos animais e, da mesma forma, não é inativado pela matéria orgânica.

A higienização a seco tem sido utilizada na suinocultura principalmente para combater desafios entéricos de leitões na fase de maternidade. O que gera importante reflexão em relação aos custos: Afinal, quanto custa um problema entérico em leitões?

A diarreia neonatal pode custar a vida do leitão; a diarreia viral uma intensa desidratação e perda de viabilidade ou valor econômico; e a diarreia por coccidiose pode levar à refugagem. Qual é o impacto de tudo isso na produção de suínos? O impacto precisa ser mensurado e certamente tem grande importância tanto em âmbito econômico quanto sanitário. O ponto mais importante é que todas essas enfermidades são desencadeadas pela alta pressão de infecção ambiental.

A higienização a seco é eficaz na redução da pressão de infecção devido ao efeito ambiental de reduzir a umidade, sequestrar gases nocivos à saúde dos animais – dentre eles, a amônia ganha destaque – e reduzir o pH do meio. Estas ações dificultam a sobrevivência de vários micro-organismos com alto potencial patogênico. Avaliações de desafios realizadas in vitro demonstraram a efetividade do processo de higienização a seco no controle, através da redução de pressão ambiental de agentes bacterianos, como E. coli, Clostridium sp., S aureus, S. hyicus e Salmonella sp. dentre outros (figura 1). Outros ensaios demonstram eficácia na redução de pressão ambiental por vírus envelopados como Influenza A e não envelopados, como Rotavírus e Seneca vírus A.

Recentemente, foi conduzido ensaio demonstrando o efeito do higienizante a seco frente ao oocisto de Cystoisospora suis (figura 2).

Sendo assim, a higienização a seco se torna ferramenta muito útil para auxiliar no controle de problemas sanitários relacionados à perda de desempenho de leitões na fase de maternidade. O desmame de um leitão de melhor qualidade tem reflexo nas demais fases de produção, o que representa ganho zootécnico. A gestão sanitária da produção como um todo é ponto fundamental. A sanidade não pode ser vista como algo fragmentado na cadeia suinícola. Pensar de forma sistêmica, entendendo que é na maternidade que se inicia a formação de uma imunidade robusta do leitão e adotar ferramentas corretas de controle sanitário ambiental, pode ser o diferencial em situações de alto custo.

Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.

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