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Exportações de carne suína cresceram 16,2% em SC

Exportações de carne suína cresceram 16,2% em SC Status sanitário auxilia Estado na posição de principal importador do produto
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Status sanitário auxilia Estado na posição de principal importador do produto

As exportações de carne suína apresentaram uma retração de 5,6% em março no comparativo com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Entretanto, o principal exportador segue em alta. Santa Catarina continua expandindo seus mercados internacionais e o último mês foi marcado pela alta nos embarques para a China, a retomada do mercado russo e o crescimento nas vendas para o Japão, resultando em um aumento de 16,2% no volume embarcado.

De janeiro a março de 2019, o Estado respondeu por 54% das exportações brasileiras de carne suína. Foram 83,2 mil toneladas embarcadas, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2019. Em faturamento o crescimento é de 9%, chegando a US$ 157,4 milhões.

“A qualidade dos produtos catarinenses e o cuidado com a sanidade animal, fazem do estado o maior exportador de carne suína do país. Hoje 55% das exportações brasileiras de carne suína têm origem em Santa Catarina. Podemos nos orgulhar em dizer que a produção catarinense é capaz de competir nos mercados mais exigentes do mundo”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.

Ao todo foram 29,7 mil toneladas de carne suína exportadas, número 6,3% maior que o registrado em fevereiro. As exportações geraram receitas que passam de US$ 57,8 milhões, uma alta de 13,4% em relação a março de 2018 e de 10,3% na comparação com fevereiro.

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Estado se mantém como única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) (Foto: reprodução)

Principais importadores. A China ainda lidera o volume de compra da carne suína no Estado.  “A suinocultura chinesa vem atravessando uma séria crise, decorrente da ocorrência de mais de uma centena de focos de peste suína africana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima uma queda de 5% na produção chinesa de carne suína em 2019. Com isso, alguns analistas acreditam que o país pode dobrar o volume de carne suína importada”, explica o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl.

No último mês, 40% das exportações foram para abastecer o mercado chinês. País asiático importou 12 mil toneladas de carne suína, gerando receitas de mais de US$ 23,8 milhões – um aumento de, respectivamente, 23,6% e 21% em relação a março de 2018.

O Japão ampliou as compras em 208,5% e foi o grande destaque do mês no Estado com 1,4 mil toneladas exportadas. “Os volumes ainda são pequenos, mas o mercado japonês é uma grande conquista para Santa Catarina. Esse é o país mais exigente do mundo para a importação de carnes, o que demonstra a qualidade e a credibilidade da produção catarinense”, destaca o secretário Ricardo de Gouvêa.

A Rússia também vem retomando as importações do produto. Em março, esse foi o quarto maior destino para o produto, com 1,86 mil toneladas e US$ 4,7 milhões de faturamento. Lembrando que o mercado russo já foi o principal comprador da carne suína catarinense, chegando a 102,1 mil toneladas em 2017.

Fonte: A.I., adaptado pela equipe feed&food.