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Estudo aponta arroz como alternativa à alimentação animal

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Em decorrência das altas atribuídas aos insumos necessários à produção de suínos e aves, estudos da Embrapa Suínos e Aves (SC) mostram que, do ponto de vista nutricional, o arroz pode complementar ou substituir o milho na alimentação animal. A iniciativa visa auxiliar produtores ante aos crescentes preços do milho e da soja.

De acordo com a Embrapa, o excesso de oferta de arroz no mercado nacional, com sobra de 600 a 800 mil toneladas na safra 2020/2021, “reforça a viabilidade do grão para baratear as rações de suínos e aves, que atualmente respondem por cerca de 70% a 80% do custo de produção das duas atividades”.

“A Embrapa já mostrou que o arroz descascado (arroz marrom), do ponto de vista nutricional, serve perfeitamente para complementar ou substituir o milho na alimentação animal”, afirma o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Jorge Vitor Ludke.

Para o engenheiro agrícola e assessor especial da presidência da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Rodrigo Rizzo, já há contratos de venda de arroz em casca ou quirera de arroz entre arrozeiros e produtores de carne de frango e carne suína no Rio Grande do Sul. No entanto, o que vai definir a extensão do uso do grão como alimento alternativo nas rações animais será a comparação da sua cotação com a do milho na hora da compra. Levando em consideração as cotações de outubro, cada quilo de milho para uso na alimentação animal, na média, ficou em R$ 1,50, enquanto o arroz chegou a R$ 1,82 (arroz marrom).

 “É por isso que o uso do arroz como alimento alternativo compensa, na prática, somente em lugares que poderão contar com uma grande vantagem logística”, ressalta o pesquisador Jorge Ludke, ao ponderar que a região Sul se encaixa nessa lógica, tendo em vista que ela é a que apresenta o maior déficit de grãos para suínos e aves e também a que concentra o excedente de arroz.

Como também aponta o texto publicado pela Empresa, em média, “uma saca de arroz percorre 500 km no Sul do Brasil para se transformar em ração animal. Já no caso do milho, que vem do Centro-Oeste majoritariamente, a distância sobe para cerca de 2.000 km (de Sinop, MT, a Chapecó, SC), o que representa um frete até 70% mais caro”.

Para saber mais sobre a iniciativa, leia o texto completo no site oficial da Embrapa. Clique aqui.

Fonte: Embrapa, adaptado pela equipe feed&food.

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