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Entenda os benefícios dos aditivos para bovinos de leite

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WISIUM

Há muito se pesquisa como se melhorar a performance de animais de alto potencial genético, focando em produção diária e longevidade para vacas de leite. Um conceito que é bem fundamentado na ciência é que vacas de leite de alta produção tem alta demanda de proteína não degradável no rúmen (PNDR) e que, em dietas tradicionais, mesmo bem balanceadas, esse nutriente se torna limitante.

Vários estudos muito robustos em todo mundo mostraram o benefício de proteger as fontes proteicas de maneira a aumentar a porção PNDR, principalmente para as categorias mais exigentes. Um primeiro método mais óbvio é suplementar diretamente com uma fonte de proteína protegida de PNDR, como aminoácidos protegidos, sendo a Metionina a mais difundida.

Outra maneira é suplementar a dieta com farelos tratados industrialmente. Um bom método é o chamado tratamento por Mailard que consiste em tratar uma fonte nobre de proteína vegetal, geralmente farelo de soja com alta temperatura com uma fonte de carboidrato. Outro método eficiente é o tratamento com formaldeído. Ambos os métodos requerem investimentos vultuosos e envolvem muito riscos de segurança e controle, o que tornam esses processos muito caros. Sem contar que, num país de dimensões continentais, as longas distâncias são um impeditivo para o farelo tratado chegar nas regiões produtoras de leite.

Esses fatores fizeram despertar na cadeia da nutrição animal a necessidade de alternativas mais baratas e mais versáteis. Nesse sentido, uma ótima alternativa chega ao mercado brasileiro. O Aditivo Nutricional de Proteção Proteica, foi desenvolvido na França e exaustivamente testada e aprimorado lá, sempre respeitando a tendência mundial de redução de uso de aditivos químicos e antibióticos, uma tecnologia especial consegue proteger parcialmente a fonte proteica da degradação rumenal, aumentando a porção de PNDR da dieta, sem necessidade de tratamento prévio industrial. Essa nova tecnologia pode ser usada em qualquer fábrica comercial ou até mesmo na fazenda, misturando na dieta.

O Aditivo Nutricional de Proteção Proteica trata-se de um aditivo nutricional, totalmente natural que age no ambiente rumenal se complexando com os peptídeos e proteínas por afinidade, carreando essas moléculas para serem digeridas no abomaso e intestino aumentando assim o aporte de proteína não degradável no rúmen (PNDR).

Fluxo duodenal de nitrogênio (medidas in vivo)

ControlADITIVO NUTRICIONAL DE PROTEÇÃO PROTÉICA
Fluxo de Nitrogênio177.6195.5
Fluxo de nitrogênio – não amoniacal170.6187.1

Essa maior quantidade de nitrogênio-não amoniacal chegando no intestino, fornecendo maior aporte de PNDR, o que vai proporcionar maior quantidade diária de aminoácidos e peptídeos de boa qualidade para produção de leite e sólidos. É o que mostra o estudo abaixo, comparando uma dieta tradicional versus a dieta com a nova tecnologia, que foi responsável por uma resposta muito significativa em produção de leite (+ 1,0kg de leite/vaca.dia) e uma reposta ainda mais efetiva nos sólidos totais, produzindo 48g a mais de gordura e 49g a mais de proteína. Esse estudo mostra o enorme potencial de resposta para produtor e para a indústria de processamento de leite.

Parâmetros AvaliadosControleADITIVO NUTRICIONAL DE PROTEÇÃO PROTÉICADiferença
Leite (kg/d)*28.429.4+ 1,0 kg
Gordura (%)*3,743,79+0,05%
Proteína (%)*3,493,55+ 0,06%
Gordura(g/d)*10701118+ 48g
Proteína (g/d)*9981047+ 49g

*Wisium trial, Arzal farm, France, 2003 (Animais:2 grupos contemporâneos (44 animais) primíparas e multíparas; Dias em Lactação: 175 Dieta: Pasto a vontade + 6 kg MS silagem de milho+1 kg Milho+ 0.5 kg concentrado proteico + 2 kg feno. Quantidade de ração: 1kg para 2.3L 2 grupos: iso-proteícas metabolizável

Além de comparar com a dieta convencional é importante comparar a eficácia desta tecnologia comparando uma com as outras com o mesmo propósito. Essa nova tecnologia já tem implicitamente os benefícios de ser muito mais seguro e mais prático de usar, tanto em fábricas quanto em fazendas, comparado aos métodos de tratamento formaldeído e mailard. Mas é importante saber se o impacto na produção de leite e na produção de sólidos comparado a esses métodos, nas mesmas condições. Abaixo segue o comparativo feito com a tecnologia mais tradicional que é o farelo de soja tratado com formaldeído:

Parâmetros AvaliadosFormaldeídoADITIVO NUTRICIONAL DE PROTEÇÃO PROTÉICADiferença
Leite (kg/d)*30.430.6+ 0.20
Gordura (%)*4,494,40– 0,09%
Proteína (%)*3,303,26– 0,04%
Gordura(g/d)*1.3581.338+ 20
Proteína (g/d)*992991+ 1

*Farm La Touche (56) 2001, France. Animai :2 grupos contemporâneos (38 animais); Vacas de todas as fases de lactação. Dieta: Silagem de Milho + 1 kg Palha de Trigo3.5 kg concentrado proteico, com ureia Dieta Completa 2 grupos: iso-proteícas metabolizável.

Nessa nova tabela segue comparativo da nova tecnologia versus farelo de soja tratado com método Mailard.

Parâmetros AvaliadosMaillardADITIVO NUTRICIONAL DE PROTEÇÃO PROTÉICADiferença
Leite (kg/d)*28.729.3+ 0.6
Gordura (%)*3,793,85+ 0.6
Proteína (%)*3,113,11=
Gordura(g/d)*1.0911.129+ 38
Proteína (g/d)*904918+ 14

*Farm La Salle Beauvais 2014, France Animais :2 grupos contemporâneos (42 animais) Todas as fases as fases de Lactação (DEL: 150) Dieta: Silagem de Milho+ 2.3 kg concentrado proteico + Dieta Completa. 2 grupos: iso-proteícas metabolizável

Portanto, essa nova tecnologia de proteção protéica é um aditivo alimentar totalmente natural, fácil de usar, sem risco industrial, muito mais versátil que os outros métodos de proteção, podendo ser usado em fábricas e fazendas, proporcionando mais leite e mais sólidos.

Esse conceito vai totalmente em linha com os conceitos modernos da nutrição animal de busca continua por mais eficiência, sem aditivos químicos e com mais segurança. 

Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.

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