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Engajamento digital de uma marca: é preciso mais do que postagens nas redes

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Gabriela Salazar, da redação

gabriela@ciasullieditores.com.br

A função da comunicação frente ao mundo comercial tornou-se inquestionável há muito tempo. Isso porque para se construir e difundir uma marca é essencial haver um planejamento de como a empresa irá impactar o mercado como um todo. Voltado a esse pensamento, todo empreendedor busca conhecer seus concorrentes e potenciais consumidores, já que parte dessa estratégia irá moldar como sua imagem vai adentrar o setor almejado.

Com a revolução do mundo digital, as preocupações com as marcas têm crescido exponencialmente, e parte desse movimento é devido ao retorno imediato que os empreendedores conseguem ter de todo seu posicionamento nas mídias. Para driblar esse cenário, muitos têm buscado centralizar sua estratégia no perfil de seus consumidores. Como reflexo disso, as agências responsáveis por trabalhar em cima desses casos têm acompanhado as ações do público-potencial da marca nas redes.

Assim é possível traçar uma persona, um perfil mais trabalhado de quem sua marca deverá atingir. Essa proximidade é fundamental para que sua estratégia se torne mais eficaz. Com conhecimento de causa, o empreendedor poderá fundamentar toda linguagem sobre esse público potencial, mas somente isso será o suficiente para se o obter o engajamento desejado?

O veterano na indústria alimentícia, Joe DePippo, que atua no setor há 40 anos, revela que não. Durante sua palestra promovida no XIX Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA, Chapecó/SC), sobre engajamento de marca nas mídias, o palestrante apontou que para conseguir o reconhecimento positivo no mercado é preciso muito mais. A estratégia, no entanto, é mais simples do que se pode imaginar: transparência.

“Um dos grandes desafios que temos é a existência de uma desconexão entre a confiança e a responsabilidade. Quando você analisa quem os consumidores consideram responsáveis por trazer alimentos seguros, eles responsabilizam as agências regulatórias, empresas de alimentos e os granjeiros. O motivo é que nós não somos tão transparentes como indústria da forma que deveríamos ser”, coloca DePippo.

Para o palestrante os procedimentos adotados por muitas marcas para tentar atingir seu público tem sido inúteis, pois não são trabalhadas com transparência. O especialista pontua que para atingir esse mote é necessário sim conhecer seu consumidor, mas é preciso ir além. A conquista, então, se tornou muito mais emocional do que funcional.

DePippo explica que o consumidor busca manter uma relação de confiança com a marca. Um exemplo disso é o desenvolvimento sensorial em divulgações publicitárias, onde trabalhar com o emocional mais do que com a venda propriamente dita tem sido uma estratégia utilizada para aproximar a empresa do público. “O consumidor tem que ser sua bússola, pois isso guia a direção e você tem que se conectar com ele”, afirma.

Essa relação de confiança é construída, segundo o palestrante, com base nos valores da empresa, mas de forma muito mais efetiva do que somente a definição do termo, é preciso expor esse posicionamento. “Os valores são como digitais, a sua mão não é igual a de ninguém, mas você deixa suas impressões em tudo que você faz. Quando passamos a administrar uma empresa de frangos ou pecuária, por exemplo, as práticas diárias deixam marcas em tudo que é feito e, com a tecnologia do jeito que é hoje, é muito importante que nós pensemos nas implicações para as ações que nós tomamos”, enfatiza DePippo.

Para preparar esse cenário de transparência ao consumidor é preciso permitir que eles vejam essa impressão, por isso, DePippo pontua que as redes sociais de uma empresa precisam ser mais do que um depósito de mensagens. É necessário utilizar como uma forma de propagar esses valores. “É preciso mostrar um caminho para o consumidor, porque antes de comprar ele está planejando”, ressalta.

A proximidade com o público é construída a partir dessa base. O palestrante também coloca a importância de fundir todo esse trabalho para conseguir atingir o engajamento da marca. “As empresas precisam estar mais dispostas hoje a permitirem que o consumidor entre e veja o que ele está fazendo. Quando você pensa em transparência todos nós estamos lutando para atingir a confiança do consumidor, e a equação para atingir isso é uma combinação dessas estratégias”, complementa.