Limitação da oferta no campo elevou os índices no primeiro trimestre
A valorização do leite ao produtor perdeu significativamente sua força de março para abril. A alta registrada neste período foi de um centavo por litro. Já no primeiro semestre do ano, o acumulo levou a um acréscimo de 18,9%, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
As altas observadas no primeiro trimestre, segundo os pesquisadores, estão atreladas à limitação da oferta no campo e à maior competição das indústrias para garantir a compra de matéria-prima. Os especialistas também pontuam que a formação do preço do leite ao produtor é diretamente influenciada pelo desempenho das vendas dos derivados no mês seguinte à captação.

Acumulado da primeira quinzena de abril registrou alta de 6,7% nas cotações diárias do leite UHT (Foto: reprodução)
A dificuldade das empresas em elevar os preços dos lácteos ao consumidor sem prejudicar suas ações limitou o movimento de valorização no campo em abril. Para garantir liquidez, agentes de laticínios mudaram suas estratégias e trabalharam com a diminuição dos estoques.
Dentro da porteira. A produção também segue limitada devido ao clima desfavorável. O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) registrou queda de 1,6% na “Média Brasil” de fevereiro para março. Entre os Estados que apresentam reduções expressivas estão: Rio Grande do Sul (6,4%), Santa Catarina (4,1%) e São Paulo (3,5%). Os volumes em Goiás e Minas Gerais caíram ligeiramente (1,7% e 0,4%, respectivamente), enquanto Paraná e Bahia apresentaram altas (de 3,9% e 9%, nesta ordem).
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe Feed&Food.