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Consumo de carne de frango ganha destaque na pandemia

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Na contramão do recuo apresentado pela carne bovina, a carne de frango ganhou mais espaço na mesa dos brasileiros durante a pandemia. Como aponta relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), cada brasileiro consumiu 45,27 quilos da proteína no último ano. Cenário foi comentado por profissionais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

De acordo com o médico-veterinário Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), a produção de carne de frango no Brasil é bastante significativa, tanto em relação à oferta de alimentos para a população, quanto às oportunidades geradas no campo.

“O grande salto na produtividade aliado à qualidade nutricional da carne de frango — considerada pelos consumidores mais saudável em comparação com a suína e a bovina — alavancaram o consumo per capita deste alimento ao longo dos anos”, avalia o profissional.

Nesta crescente, a zootecnista Paola Rueda, que integra a Comissão Técnica de Bem-estar Animal do CRMV-SP, explica que a carne de frango é rica em vitaminas, minerais e proteína com baixa gordura saturada.

“Quando o frango é criado em sistemas com altos níveis de bem-estar, é ainda melhor a qualidade organoléptica, ou seja, as características percebidas pelos sentidos humanos. Além disso, na crise financeira é uma opção mais barata de proteína”, analisa Paola.

FRANGO X ECONOMIA

Segundo o Regional, a alta produtividade e os avanços tecnológicos da cadeia produtiva fizeram com o que o Brasil atingisse o posto de maior exportador mundial de carne de frango, conquistando até os mercados mais exigentes em relação à qualidade e à segurança sanitária dos produtos.

“Em 2021, a produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até 14,5 milhões de toneladas. As exportações devem chegar a 4,35 milhões de toneladas, superando em até 3,6% o total exportado pelo Brasil em 2020”, destaca o Conselho.

Para a zootecnista, é provável que, com a melhora no cenário da pandemia nos países importadores, as exportações brasileiras aumentem ainda mais. Por isso, para manter o bom desempenho no mercado externo é necessário que o Brasil continue atento às exigências dos consumidores, principalmente quanto à sanidade e ao bem-estar animal. “Se continuarmos focando nesses pontos, poderemos nos manter competitivos a médio e longo prazo nos diferentes mercados”, avalia.

Já Calil comenta que, o aumento no consumo da carne de frango não é observado só no Brasil, mas em muitos outros países. “Isso indica que este tipo de alimento deverá seguir em alta nos próximos anos, contribuindo para melhorar a vida do produtor no campo e servindo como uma opção saudável na dieta da população”.

Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.

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