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Confina Brasil destaca produção baiana

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“O planalto baiano, na região de Luís Eduardo Magalhães (BA), impressiona. A expedição Confina Brasil rodou mais de 300 km em linha reta com pequenas baixadas, numa região com áreas planas prontas para aplicar e produzir, sendo necessário apenas um pouco de tecnologia para correção do solo. Aí, basta deixá-lo preparado e fornecer água suficiente para a planta, porque a luminosidade e a própria localização geográfica favorecem. Ouvimos que a produtividade pode atingir 202 sacos de milho por hectar e nas proximidades de Jaborandi”, observa Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil.

Ao contrário de outras propriedades que integram a agricultura e a pecuária, a Fazenda Santa Vitória (Jaborandi/BA), do grupo DH, composta por mais de 14 fazendas, faz o inverso: é a pecuária que se integra à agricultura. Os proprietários realizam o sistema completo de cria, recria e engorda. De acordo com Olavo, o grupo entendeu que o confinamento seria a ferramenta certa para chegar ao produto que tanto almejam: carne de qualidade e animais jovens. Esse processo conta, agora, com animais de qualidade de carne garantida, como é o caso do Angus. “Apesar de ter Nelore muito bom devido ao melhoramento genético que já faz, a Santa Vitória investe em Angus e na raça japonesa Wagyu. Os proprietários foram enfáticos em dizer que o mercado baiano consome essas carnes, especialmente de 5 a 8 anos para cá. Ali são produzidos 5 mil animais jovens e de raça boa.

Além disso, a equipe do Confina Brasil elogia o sistema realizado, pois a Santa Vitória busca na agricultura a garantia de alimentos para o gado. “Todo o milho produzido debaixo de pivôs é revertido em carne para o gado, sendo de forma direta como terminação no confinamento ou até mesmo para as vacas parideiras. O rebanho é um pouco maior do que 20 mil cabeças”, destaca Olavo.

O grupo Ceolin (São Desidério/BA) é conhecido na região pelo algodão. O técnico do Confina Brasil conta que os proprietários começaram com confinamento para aproveitar os subprodutos do algodão e, consequentemente, melhorar a produtividade e rentabilidade da fazenda. Assim, contrataram um profissional para lidar com o confinamento, que hoje, tem 4.600 cabeças estáticas, onde cerca de 70% do gado é de parceria (boitel) e 30% são próprios. Além disso, querem melhorar a eficiência produtiva da fazenda como um todo. “A propriedade tem foco na agricultura, principalmente no algodão. O caroço produzido abastece o confinamento e é vendido aos pecuaristas da região. O grupo entendeu que a tecnificação para reaproveitamento do subproduto é importante. Por isso, fizeram um sistema para separar a sujidade do capulho, transformando um subproduto em um ingrediente com alto padrão de qualidade para alimentar os bois. Em resumo: partiram da agricultura, que não aproveitava o subproduto, para uma pecuária que o utiliza com eficiência e qualidade”.

A LFPEC – Pecuária Profissional (Correntina/BA) chamou a atenção porque trabalha, em larga escala, com um sistema de arrendamento de pastos que, após alguns anos, são transformados em lavoura com o apoio de agricultores parceiros. Nesses pastos é feita somente a recria e a cria de fêmeas, ou seja, eles recriam, emprenham e vendem as fêmeas prenhes. Os machos são usados para inseminar duas vezes as fêmeas que são entouradas se ainda têm uma terceira chance para emprenhar. Caso isso não aconteça, são engordadas e abatidas, enquanto as outras são vendidas prenhes. Em resumo: fazem a recria, emprenham e vendem as fêmeas. Esse processo é novo e a rentabilidade é bem interessante segundo os proprietários, pois a fêmea que seria vendida a preço de engorda é vendida com garantia de prenhez, principalmente com sêmen de qualidade, da raça Angus. A inseminação acontece com Angus ou Nelore. Neste ano, foi com Angus”, explica Olavo.

Fonte: Confina Brasil, adaptado pela equipe feed&food.

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